Comemorado no dia 28 de maio (sexta-feira), o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher tem como objetivo a busca pela conscientização de diversos problemas de saúde e distúrbios comuns na vida de cada uma delas. Dentre eles, está um mal que atinge cerca de 80% das mulheres brasileiras, de acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Campinas, mas que ainda assim é motivo de chacota e descrédito: a TPM – Tensão Pré Menstrual.
São mais de 150 sinais relacionados à disfunção, que inicia no meio do ciclo menstrual e desaparece na chegada da menstruação. Segundo o ginecologista do Hapvida, dr. Jorge Vaz, o tempo varia de mulher para mulher, mas normalmente dura entre 10 a 14 dias.
Os principais sintomas da TPM são classificados em grupos pela comunidade médica. São eles:
Tipo A - ansiedade, nervosismo, mudanças bruscas de humor e irritabilidade;
Tipo H - retenção hídrica, que causa dores nos seis, inchaço no corpo e dores de cabeça;
Tipo C - cefaleia, compulsão alimentar, principalmente por doces e sinais de cansaço;
Tipo D – depressão e descontrole emocional. As mulheres normalmente choram sem motivo aparente.
Para aliviar o quadro, os médicos costumam prescrever antiinflamatórios e tratamentos hormonais. “A escolha do tratamento também varia conforme a queixa da paciente. Mas, além do tratamento medicamentoso os sintomas da TPM podem ser amenizados com a prática regular de atividade física, que melhora a circulação sanguínea, afirma o ginecologista dr. Jorge Vaz.
Exercícios melhoram o humor, a disposição e amenizam as dores
Que os sintomas da TPM deixam as mulheres mal-humoradas, indispostas, inchadas, deprimidas e tantas coisas mais, muita gente já sabe. Seja por sentir na pele ou por conviver com alguma mulher que sofra todo mês. “A boa notícia é que temos como resolver isso. Em alguns casos as dores somem totalmente, em outros elas já sentem uma boa melhora através do exercício físico”, afirma a educadora física Aline Cassaro, coordenadora da Rede de Academias Alpha Fitness - unidade Vilas 2. Ela ressalta que, embora a proposta inicial seja apenas amenizar os sintomas, a regularidade pode fazer com que eles sejam totalmente apagados.
Praticante de atividade física há anos, a advogada Emanuele Castro, 36 anos, confirma o que diz a educadora física. “Tenho muita TPM e percebo que quando venho para academia neste período o meu humor melhora, fico menos estressada, menos ansiosa, tenho menos cólica, além de sentir um grande alívio nas dores da região pélvica”, enumera Emanuele.
Especialistas acreditam que existe uma correlação entra a atividade física e a redução nos sintomas da TPM. Esta relação, segundo eles, está relacionada com o sistema endocrino e as endorfinas. Confira abaixo os exemplos dados por Aline Cassaro para explicar como, na prática, os exercícios físicos interferem no organismo das mulheres:
ENDORFINA: o exercício (principalmente a musculação) aumenta a circulação deste neurotransmissor responsável pela sensação de relaxamento e bem estar, que acaba por reduzir o stress, o desconforto e as dores.
ADRENALINA: (principalmente aulas de alongamento, pilates, yoga), estes exercícios ajudam a normalizar os níveis de adrenalina que tendem a aumentar e é responsável pela ansiedade.