Saúde

Combate ao glaucoma: Planserv alerta os servidores públicos do Estado

O tratamento do glaucoma é realizado inicialmente com o uso crônico de colírios chamados de anti-glaucomatosos
Ascom Saeb , Salvador | 23/05/2016 às 13:04

O alerta do Planserv referente ao Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, 26 de maio, aos servidores públicos do Estado é sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença. Causado pela lesão do nervo óptico e relacionado à pressão ocular alta, o glaucoma pode causar cegueira irreversível e por isso requer cuidados especiais. Pessoas que têm parentes de primeiro e segundo graus portadores da doença têm mais chances de ter glaucoma. “A incidência em idosos, mulheres e afrodescendentes, de modo geral, é maior”, alerta o oftalmologista Walter Carvalho Filho, credenciado ao Planserv.

O glaucoma raramente apresenta sintomas. Por isso, é preciso realizar periodicamente a fundoscopia, exame do fundo do olho, e a tonometria, medida da pressão intra-ocular, utilizados para diagnosticar a doença. Os sinais só aparecem nos glaucomas agudos, quando o paciente apresenta dores de cabeça, fotofobia (sensibilidade à luz), enjôo, dor ou irritação nos olhos, visão turva, lacrimejamento e flashes visuais momentâneos.

Se o oftalmologista suspeitar da doença a partir dos exames iniciais, poderá confirmá-la através de exames complementares, tais como campimetria (campo visual), gonioscopia (exame realizado com lente específica), paquimetria (medida da espessura da córnea), retinografia (fotografia do fundo do olho) e tomografia de papila (OCT). “Em alguns poucos casos, podem ser necessários a tomografia ou a ressonância nuclear magnética do crânio e angiografia contrastada das carótidas”, destaca Walter Filho, que é especialista em catarata e doenças da córnea.

Segundo o médico, a incidência em pessoas com alguns tipos de cataratas e após certos traumas oculares também é maior.  As principais causas do glaucoma são as genéticas, caso do glaucoma crônico simples (inespecífico); mas a patologia também pode se originar de alterações anatômicas do olho (glaucoma de ângulo estreito). Há, ainda, as causas secundárias, tais como diabetes, hipertensão arterial, hemorragias vítreo-retinianas (trombose da veia central da retina e de ramo temporal superior da retina), inflamações intra-oculares, alterações do cristalino, doenças da retina (descolamentos da retina e após tratamento cirúrgico de descolamento de retina), uso crônico de colírios à base de corticosteroides, hemofilia, anemias falciformes e anomalias congênitas. “Infelizmente, não é possível prevenir o glaucoma primário de causa genética, mas o de causas secundárias, sim, através da adoção de hábitos de vida saudáveis”, alerta Walter Filho.

O tratamento do glaucoma é realizado inicialmente com o uso crônico de colírios chamados de anti-glaucomatosos. Quando não se obtém resultado na terapêutica com os colírios e o paciente apresenta piora da campimetria, parte-se para o tratamento cirúrgico. O objetivo da cirurgia é o controle da pressão ocular para evitar a progressão da lesão do glaucoma, mas a visão já afetada não melhora. “Se seguir as orientações de seu oftalmologista, o paciente com glaucoma pode ter uma boa saúde ocular e viver por muitos anos com uma visão satisfatória”, conclui o médico.