Durante o carnaval o cuidado com a alimentação precisa ser redobrado. Os foliões que consomem comida comercializada no percurso da festa, por exemplo, devem observar detalhes da preparação, manipulação e conservação dos alimentos. O alerta é da coordenadora do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica e Funcional do Centro Universitário Estácio da Bahia, Renata Oliveira.

Para quem vai comer na rua a professora dá algumas dicas: verifique as vestimentas, as unhas e se os cabelos do vendedor estão protegidos. Evite comidas que não estejam devidamente resguardadas do vento, poeira e de insetos. Veja também se há pessoas diferentes para manusear o alimento e o dinheiro. Confira se os produtos perecíveis, como salsicha, queijo, presunto, carnes e saladas, estão mantidos em local refrigerado. “A não observância da procedência do alimento aumenta o risco de toxinfecção e de outras doenças”, alerta a nutricionista.

Alimentos fritos, com recheios ou molhos, devem ser evitados, além daqueles pratos que têm grande quantidade de gordura, a exemplo de dobradinha, sarapatel, feijoada e churrasco. “Esses são mais difíceis de digerir e podem comprometer o bem-estar do folião”, explica Renata.

Alimentação Adequada e Saudável - Ela recomenda a escolha de alimentos naturais, além da ingestão de bastante água, sucos, vitaminas de frutas e água de coco. Nesse período em que os foliões gastam muita energia, a má alimentação pode causar desnutrição e desidratação. “Podem aparecer sintomas como fraqueza, dificuldade de concentração, sonolência, queda de pressão e da temperatura e até desmaios”, afirma.

Quem vai curtir a festa durante o dia deve ter cuidado redobrado com a hidratação. “Porque essas pessoas vão ficar expostas ao sol por um longo período”, complementa a nutricionista.   Não é recomendável ficar mais de três horas sem se alimentar e hidratar. Segundo a nutricionista, alimentos que contêm carboidratos, como aipim, batata doce, massas, banana da terra e os sucos e vitaminas de frutas são ótimos para repor as energias com mais facilidade.

Consumo de isotônicos – “O uso em excesso de energéticos pode provocar insônia e aumento da frequência cardíaca, além do efeito diurético, que desencadeia câimbras, por permitir a perda excessiva de cálcio e magnésio pela urina”, adverte. Isso ocorre devido à grande quantidade de cafeína existente no produto levando o corpo ao estado de alerta.

O uso de isotônicos é recomendado para ajudar na hidratação do corpo, mas com algumas restrições. “Eles contribuem para a reposição mais rápida do sódio, líquidos, minerais e carboidratos. O consumo de 250 a 500 ml é suficiente. Mas diabéticos, hipertensos, portadores de doenças do coração e dos rins não devem consumi-los”, afirma Renata.