Apresentação reforçou compromisso da Santa Casa da Bahia com humanização do ambiente hospitalar
Santa Clara , Salvador |
19/01/2016 às 12:08
Ação humanitária no Santa Izabel
Foto: DIV
Maria Natalino dos Prazeres teve uma surpresa nessa segunda-feira, 18: recebeu o circo no Hospital Santa Izabel, da Santa Casa da Bahia, onde está internada há quase um mês. A paciente de 78 anos sofre com insuficiência cardíaca grave, e entre os seus desejos estava rever a magia dos palhaços e mágicos que só um espetáculo circense é capaz de resgatar. A filha, Vilma dos Prazeres, percebeu que tinha condições de realizar esse desejo da mãe e, em menos de um dia, com o apoio de amigos e familiares, conseguiu levar o grupo Raros da Alegria para entreter não só a mãe, como também outros pacientes do Santa Izabel que puderam desfrutar da apresentação.
A participação da equipe médica do hospital também foi decisiva, aponta Vilma. “A Dra. Karol reuniu a família para elaborar um plano de qualidade de vida para a minha mãe, já que no momento ela está sob cuidados paliativos. Então conversamos sobre o que mais poderíamos fazer para deixá-la confortável”. Um dos pontos trazidos à tona foi o desejo de ter os bisnetos por perto. D. Maura, como é carinhosamente chamada, tem três filhos, três netos e dois bisnetos, e quase todos vieram acompanhar a apresentação tão esperada.
Karoline Apolônia, a Dra. Karol, integra o time de cardiologistas que acompanha D. Maura. Além dela, existem ainda Manuele Alencar e Fernanda Tourinho. Todas são unânimes em afirmar a importância desse cuidado individualizado, a fim de garantir a qualidade de vida do paciente. “Nos preocupamos não somente em minimizar a dor e controlar os sintomas, mas também com os fatores psicológicos, que interferem no estado da pessoa”, afirma Dra. Karoline.
Durante toda a apresentação D. Maura parecia muito feliz por estar ali. Os integrantes do grupo Raros da Alegria não pouparam esforços para garantir a animação da platéia. Convocaram os familiares dela para interagir em diversos momentos, além de contarem com a participação dos pacientes que lotaram a praça Rubem Miranda, onde aconteceu a apresentação. Questionada sobre se gostou do espetáculo, a resposta foi uma só: “Muito!”. Ela também agradeceu a família por proporcionar esse momento único.
“Tudo o que foi possível fazer, eu fiz”, revela a filha Vilma. “Não pudemos levá-la ao circo, mas trouxemos essa alegria para ela aqui, e a acolhida que eu encontrei no Santa Izabel foi decisiva para que isso acontecesse. O Serviço Social, o corpo clínico, a equipe de enfermagem, foram essenciais nesse processo. O suporte dado tanto ao paciente quanto a família fazem a diferença”.