A greve é motivada pela melhoria das condições de trabalho e Sesau diz que já atendeu reivindicações
Ascom PMC , Camaçari |
05/01/2016 às 12:52
Em uma atitude de total desrespeito à decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, que considerou a greve ilegal e estabeleceu multa diária de R$ 50 mil, os médicos das UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) de Arembepe, Monte Gordo, Vila de Abrantes e Nova Aliança, em assembleia realizada ontem (04/01) à noite, decidiram manter a paralisação, que entra hoje (05/01) no 13º dia.
A Sesau (Secretaria de Saúde) de Camaçari, através da PGM (Procuradoria Geral do Município), comunicou oficialmente, ontem, ao Tribunal de Justiça da Bahia, a decisão dos médicos de manter a greve, para que o TJBA possa efetivar a cobrança da multa diária ao Sindimed (Sindicato dos Médicos) da Bahia, cuja direção apoia a continuidade do movimento grevista.
Deflagrada no dia 23 de dezembro, a greve não atendeu as exigências legais de comunicação antecipada da paralisação e da manutenção de 30% do contingente dos médicos trabalhando.
A greve foi motivada por melhorias nas condições de trabalho e, apesar de a Sesau ter firmado acordo para cumprir as reivindicações desde o primeiro dia do movimento, a paralisação tem sido mantida, inexplicavelmente, colocando em risco a vida da população, principalmente na orla marítima, segunda maior da Bahia, com 42 quilômetros de extensão.
Camaçari dispõe de cinco UPAs. Três são na orla marítima – Monte Gordo, Arembepe e Vila de Abrantes – que permanecem sem médicos, e duas na sede do Município. A de Nova Aliança continua prejudicada pela greve, enquanto a do Gravatá/Gleba A, maior e mais bem equipada, segue em funcionamento normal.
Mesmo nas UPAs afetadas pela greve dos médicos, a Sesau mantém atendimento com equipes de dentistas, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, assistente social e pessoal de apoio.