As pressões do Sindimed (Sindicato dos Médicos) têm dificultado a Sesau (Secretaria da Saúde) de Camaçari a contratar, em caráter excepcional, durante os festejos de fim de ano, médicos para substituir os grevistas que atendem nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Arembepe, Vila de Abrantes, Monte Gordo, na orla marítima, e Nova Aliança, na sede do Município.

         Nas redes sociais e outras mídias têm circulados comunicados que terminam por intimidar médicos dispostos a prestar serviços nas UPAs em caráter excepcional. A Sesau considera despropositada e temerária a atitude, por colocar em risco a vida da população.

         Na orla marítima de Camaçari, segunda maior da Bahia, com 42 quilômetros de extensão, e por onde devem circular nas festas de fim de ano cerca de 500 mil pessoas, as três UPAs de Arembepe, Monte Gordo e Vila de Abrantes estão funcionando sem médicos.

         A greve começou no dia 23 passado, para cobrar melhores condições de trabalho. A Sesau, inclusive, fechou acordo com o Sindimed para atender as reivindicações, mas mesmo assim a paralisação continua. As quatro UPAs onde os médicos estão em greve, três na orla marítima e uma na sede do Município, atuam com equipes de profissionais composta por  enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipes de apoio e vigilância, além do motorista da ambulância.

         A contratação dos médicos para atuarem nos plantões tem caráter extraordinário e visa a proteção da população na orla marítima, moradores e turistas. A Sesau também entrou em contato com o Estado para pedir ajuda no atendimento à população. Na sede, a população pode ir para UPA do Gravatá/Gleba A, que funciona normalmente com atendimento médico, além do HGC (Hospital Geral de Camaçari).

         A greve dos médicos em quatro UPAs de Camaçari foi deflagrada sem respeitar as exigências legais, de informar o movimento com antecedência e manter 30% do contingente trabalhando. A situação se agrava por ser um setor que presta atendimento de urgência e emergência.