Saúde

CAMAÇARI: Prefeitura entra com medida cautelar contra greve de médicos

Greve paralisou atendimento nas UPAS
Decom , Salvador | 29/12/2015 às 19:54

A Prefeitura entra hoje (29/12) com uma medida cautelar para que seja reconhecida a ilegalidade da greve dos médicos das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Arembepe, Monte Gordo, Vila de Abrantes e da Nova Aliança, paralisados a seis dias.

Apesar de a Prefeitura ter firmado acordo com os grevistas, no Sindmed (Sindicatos dos Médicos), para atender as reivindicações sobre condições de trabalho, os médicos decidiram na segunda-feira à noite, surpreendentemente, manter a paralisação que afeta diretamente mais de 150 mil pessoas.

A Sesau (Secretaria da Saúde) de Camaçari considera uma falta de sensibilidade dos médicos, por se tratar de uma área vital que lida com atendimento de urgência e emergência na área de saúde. Além disso, os médicos não atenderam as exigências legais, como informar com antecedência a greve e, principalmente, manter 30% do contingente trabalhando.

EMERGÊNCIA

Diante da gravidade da situação, principalmente com a alta estação e as festas de fim de ano, a Sesau começou a recrutar médicos, através de contratos emergenciais, para atuarem durante plantões nas unidades com profissionais em greve.

Mesmo sem a presença dos médicos, as UPAs continuam funcionando com enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipes de apoio e vigilância, além do motorista da ambulância. Eles fazem o trabalho de acolhimento e prestam os primeiros atendimentos. Em casos de urgência e emergência, os pacientes são encaminhados para o HGC (Hospital Geral de Camaçari) ou para outras unidades de saúde do Estado. Os casos mais graves, a Sesau orienta também que liguem para o Samu-192.

A UPA do Gravatá/Gleba A funciona normalmente com atendimento médico. Para atender a demanda do Ano Novo, a Sesau solicitou da empresa que administra a unidade de saúde a ampliação do quadro de médicos.