O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, e o secretário municipal de Saúde, Paulo Bicalho, se reuniram no início da noite de quarta-feira, 9, com o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas Boas, quando solicitaram o apoio do Governo do Estado para a redução do índice de infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika vírus e chikungunya. Na audiência também apresentaram as ações adotadas até agora pela Prefeitura.

Vane também pediu o suporte da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) para a implantação de novos procedimentos no Hospital de Base e apoio financeiro, no valor de R$ 500 mil, para ampliação do atendimento a pacientes com sintomas de dengue ou zika vírus. Segundo o prefeito de Itabuna, o secretário Fábio Vilas Boas reconheceu que o Hospital de Base é a unidade para onde acorrem pacientes em busca de atendimento e vai marcar um encontro para discutir a epidemia de dengue com os municípios regionais na próxima semana. 

Na sexta-feira da semana passada Vane assinou decreto declarando situação de emergência na saúde, com validade por 180 dias, prorrogável por igual período. O prefeito de Itabuna quer o apoio ainda maior da Sesab para que o Plano de Contingência Contra o Aedes Aegypti possa ser executado com mais rapidez, já que estão previstas medidas como realização de mutirões de limpeza nos bairros, o que inclui intensificar visitas domiciliares dos agentes de combate às endemias e a implantação de uma unidade para atendimento de pacientes com sintomas da dengue, zika vírus e chikungunya.  

Vane afirma que é importante a contribuição de todos porque, mesmo com o esforço do município, o índice de infestação está muito acima do ideal. O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) mostra que mais de 80% dos criadouros estão nos imóveis, principalmente em vasos de plantas e reservatórios de água descobertos. Por isso, o município tem reforçado a recomendação para que a população contribua um pouco mais.

Outra a preocupação do prefeito é com o possível aumento de casos de microcefalia, cujo número de notificações na Bahia subiu para 180, segundo o Ministério da Saúde. O Estado é o terceiro em registro de casos suspeitos, atrás dos estados de Pernambuco e Paraíba.  Itabuna tem um óbito confirmado neste ano.

A microcefalia é uma malformação congênita em bebês, que nascem com perímetro encefálico igual ou menor que 32 centímetros. A microcefalia tem sido detectada principalmente em filhos de mulheres que tiveram sintomas do zika vírus nos últimos meses. As ações desenvolvidas pelo município foram fundamentais para redução de 27,1% para 13,8% nos últimos três anos.

A recomendação é para que a mulher grávida tenha a gestação acompanhada desde o pré-natal, realizando todos os exames médicos; esteja com a caderneta de vacinação atualizada de acordo com o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde; evite uso de medicamentos sem orientação médica e o contato com pessoas com febres e ou infecções.