Neste sábado e domingo (21 e 22), acontecem as últimas ações de conscientização conta o zumbido que marcam o Novembro Laranja. A otorrinolaringologista Clarice Saba coordena o stand montado no Piso L3 Sul do Shopping Barra. Além das orientações, uma equipe multidisciplinar realiza, na cabine de audiometria, umscreening (rastreio) auditivo gratuito. A ação acontece no horário de funcionamento do centro de compras.
No dia 22, pela manhã, a ação acontece em frente ao Farol da Barra. “Estamos na Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, um sintoma que afeta cerca de 30 milhões de brasileiros e é passível de cura. O objetivo é falar sobre o zumbido e mostrar à população que o barulho, em diferentes níveis, pode gerar diversos graus de perda auditiva”, explica a médica Clarice Saba.
ENTENDA O ZUMBIDO – Apito, chiado, grilo, música, panela de pressão. São muitos os tipos de sons percebidos por quem sofre de zumbido – um sintoma que afeta 28 milhões de brasileiros. O barulho, que não tem uma real fonte externa, é percebido nas orelhas ou na cabeça. “Trata-se de um sintoma, e não uma doença, de etiologia múltipla e passível de cura”, explica a otorrinolaringologista Clarice Saba.
Em todo o mundo, 278 milhões de pessoas são afetadas pelo sintoma, segundo a Organização Mundial de Saúde. A médica, que já ganhou o mais importante prêmio científico internacional na área de estudos sobre zumbido, o Jack Vernon Awards, conta que uma das explicações da percepção do barulho está relacionada ao aumento de impulsos elétricos que a via auditiva manda para o cérebro.
São causas a perda auditiva, as alterações nos níveis de triglicerídeos e colesterol, hormônios da tireoide, do mecanismo de absorção do açúcar, diabetes, excesso de cafeína, algumas medicações e alteração de musculatura de cabeça, pescoço e ATM (articulação temporomandibular) são algumas das causas. “E o zumbido pode agravar patologias, gerar estresse, falta de concentração, perturbações do sono e depressão. Há relatos até de suicídio”, pontua Clarice Saba.
Ouvir música alta também é um problema. “O som pode lesar as células ciliadas da cóclea (o “computadorzinho” do ouvido) de forma irreversível. O hábito de ouvir música alta em fones de ouvido é preocupante. Alguns aparelhos podem alcançar 120 decibéis (dB). Para exemplificar, uma conversação normal está ao redor de 60dB, e o ouvido humano, teoricamente, pode suportar até 80dB, a depender do tempo de exposição”, finaliza a profissional.
DICAS:
Dicas que mostram que o ambiente não está sendo saudável para os ouvidos:
- se você tem que gritar para ser ouvido;
- se você não entende o que estão falando a um metro de distância;
- se a música tocada no seu fone de ouvido pode ser ouvida por uma pessoa próxima a você;
- se após exposição ao barulho você apresentou zumbido.