Com informações da Secom
Secom , Feira de Santana |
19/10/2015 às 18:34
Carlos André é um dos nove pacientes do centro
Foto: Silvio Tito
Há 34 anos Carlos André Pereira dos Santos tem feridas à altura dos dois tornozelos – na linguagem médica, úlcera maleolar – uma fechada e a outra em tratamento. Portador da doença falciforme tem predisposição para o problema. Há períodos em que elas estão fechadas e noutros abertas. Ele é um dos nove pacientes do Centro Municipal de Referência à Pessoa com Doença Falciforme, no Centro Social Urbano (CSU), que vem apresentando resultadospositivos.
O tratamento é multisetorial e tem como base a fisioterapia, nutrição e medicamentos. Os exercícios indicados pela fisioterapeuta Cláudia Santana contribuem para melhorar a capacidade pulmonar dos pacientes, que melhora o aporte de oxigênio nas células. A circulação nos membros inferiores é menos intensa do que nos outros membros. E a estrutura celular dos portadores da doença dificulta a circulação. “Uso pilates para que está em melhores condições, a depender da alimentação”, diz a fisioterapeuta.
A nutricionista orienta sobre o que o paciente consumir e que contribuam no tratamento, ricos em zinco, vitaminas C e A e silício, entre outros elementos. Carlos André o iniciou no centro de referência há cerca de três anos. Antes, fazia em Salvador. Mas afirma que enfrentava muitas dificuldades para dar continuidade. “Além de ser importante na cura das feridas, o tratamento ajuda na diminuição das dores, diz o paciente.
São pacientes que têm baixo índice de óxido nitroso, que é um vaso dilatador. “São úlceras que tem evolução demorada (que demoram vários anos) e o que se faz aqui é a prevenção e o tratamento”, diz a enfermeira Luciana Brito.
Georgevan Martins há sete anos tem feridas em ambos os tornozelos. Disse que há sete meses iniciou o tratamento oferecido no Centro Municipal de Referência. “Sinto que as dores vêm diminuindo e as feridas, fechando”. Outro que iniciou o tratamento foi Emerson Jesus Martins, que caiu de uma motocicleta. “Foi um arranhãozinho de nada. Mas que devido à doença complicou”.