Proposta da SESAB é reforçar a rede de atenção primária e outras no interior evitando afluxo de pacientes para a capital
Sem isso, entende que será muito dificil manter o sistema operando com eficiência, pois, "a saúde é cara e uma saúde de qualidade mais cara ainda".
Sobre o tema da mesa redonda do qual participou "O desafio entre o equilíbrio dos melhores resultados e a entrega do valor para os pacientes", o secretário destacou que a escassez de recursos para a saúde é um fato de abrangência nacional e a Sesab tem otimizado os recursos da melhor maneira possível. Ou seja, gastar cada real com mais critérios, e transferir recursos das atividades meio; para as atividades fim.
Vilas Boas lembrou, ainda, que a Bahia é um estado pobre e investe R$4.5 bilhões/ano para 14 milhões de habitantes enquanto, o Rio de Janeiro, com população menor investe R$9 bilhões.
Daí, na sua visão, a importância de reduzir o custeio, reavaliar os contratos com todos os hospitais públicos administrados pelas ONGs e em regime de PPP, montar um amplo processo de informatização com investimentos de R$100 milhões/ano para acabar com o gargalo do faturamento junto ao SUS, hoje, na casa de 25%, o que reduz os repasses federais à Bahia.
O secretário anunciou a crianção junto ao Judiciário de Varas da Saúde com juizes especializados em saúde para evitar a crescente judicialização e um programa de qualificação de pessoal na Sesab, além de tarefas motivacionais, pois, não adianta ter gente que não sabe trabalhar de forma correta.
A Sesab também estabelecerá protocolos assistenciais a serem desenvolvidos pelos hospitais privados nos campos da angioplastia primária, transplantes - especialmente os renais - e outros.
Comentou ainda sobre a ampla reforma porque passa o Hospital Geral Roberto Santos para ser uma espécie de campus universitário, uma escola de saúde pública, e o apoio à capacitação do Hospital Edgard Santos para integrar o SUS.
CONSÓRCIOS DE SAÚDE
Fábio Vilas Boas destacou, por fim, a ampliação da rede pública estadual retirando o afluxo de pacientes que se deslocam para a RMS com a implantação dos Consórcios Municipais de Saúde onde os municipios entram com 60% do custeio e o Estado com 40% na instalação e operacionalização de Policlinicas com 16 especialidades médicas cada uma delas, e serviços de imagem.
O secretário diz que já esteve reunido com 180 prefeitos e vai ser lançado o primeiro consórcio, efetivamente nos próximos dias.
Além disso, Vilas Boas anunciou apoio a revitalização das pequenas Santas Casas do Interior e defendeu a atenção básica como "a alma para o sistema de saúde".