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Da Redação , Salvador |
04/02/2015 às 22:21
Mulheres do Movimento de Defesa do Parto Harmonioso na Casa Civil
Foto: DIV
A Casa Civil do Governo da Bahia esclarece que o afastamento das servidoras Maria Suzana Montenegro e Marilena Souza, dos cargos de enfermeira e médica obstetra, respectivamente, do Centro de Parto Normal Marieta de Souza Pereira – CPN - da Mansão do Caminho, em Salvador, já foi revogado. Com a situação normalizada, as servidoras estarão formalmente autorizadas a voltar ao trabalho na unidade a partir de quinta-feira (5).
A Casa Civil entende que não deve haver descontinuidade no trabalho que vem sendo realizado, fruto de convênio entre a Mansão do Caminho e a secretaria estadual de Saúde.
Na tarde desta quarta-feira (4), a assessora especial da Casa Civil, Roberta Sampaio, e representantes do Movimento de Defesa do Parto Humanizado se reuniram a fim de estreitar o diálogo e pensar melhorias para a área, tanto na perspectiva do profissional quanto da população. O encontro aconteceu no gabinete da secretaria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na capital, e contou com a presença das servidoras Marilena e Maria Suzana.
ALALDICE PROTESTA
A remoção sem explicações prévias da enfermeira Suzana Montenegro e da médica Marilena Pereira, do Centro de Parto Normal da Mansão do Caminho, no Pau da Lima, poderá agravar a já precária situação dos partos normais no estado. Em Salvador, o local é o único especializado em partos normais. Mais de 85% dos partos em instituições privadas e 38% das públicas na Bahia são cesáreos. A Organização Mundial de Saúde recomenda 15% de partos cesáreos.
Para vereadora Aladilce Souza (PCdoB), o trabalho das duas profissionais é fundamental para a sustentação do projeto de resgate do parto normal.“O incentivo ao parto normal é meta prioritária do Ministério da Saúde e essas duas profissionais têm trabalhado com esse objetivo. Além disso, o Centro é uma importante referência de boas práticas na assistência humanizada ao parto”, pontuou. Nesta quarta-feira (4,) a legisladora enviou um ofício para o secretário estadual de saúde, Fábio Vilas-Boas, solicitando informações e a reconsideração da medida.