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Ana Cristina Barreto , Salvador |
13/01/2015 às 15:59
Vai ser dia 16 de janeiro no Bahia Othon Palace Hotel
Foto: DIV
No Bahia Othon Palace, em Ondina, a partir das 8h30. O encontro será seguido pela entrega da 2ª edição do Prêmio Professor Nelson Barros, às 16h.
“Além de ampliar o período da residência, o Brasil adota o novo currículo, o que
garante maior qualidade no atendimento de crianças e adolescentes”, diz o
presidente da Sobape, o pediatra Fernando Barreiro, que participará do encontro
juntamente com o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Eduardo da Silva Vaz, e da vice-presidente da SBP, a pediatra e professora da Universidade Federal da Bahia, Luciana Silva.
Também estarão presentes como conferencistas os professores Dioclécio Campos Júnior, representante no Global
Pediatric Education Consortium (GPEC); Sandra Grisi, diretora de Ensino e
pesquisa da SBP, e Victor Horácio Júnior, do Hospital Pequeno Príncipe, em
Curitiba (que adotou o programa em 2014); além de coordenadores, preceptores e professores de residências
de Pediatria da Bahia.
Novo currículo
A proposta da SBP de aumento de dois para três anos do tempo de residência médica em Pediatria e
atualização do currículo é de 2006, mas somente em 2014 as mudanças começaram a ser
implantadas. Segundo a SBP, o Brasil era o único país da América Latina que
ainda formava pediatras em apenas dois anos. Na Argentina, a residência é de
quatro anos.
A ampliação do tempo da residência vem acompanhada de uma mudança no programa,
que se baseia na lógica do Currículo Pediátrico Global, preconizando maior
abrangência na formação do pediatra. Elaborado pelo GPEC - a aliança mundial que representa
mais de 50 países e da qual a SBP participa -, o currículo estabelece,
detalhadamente, além das competências originárias dos conhecimentos
científicos, habilidades, atitudes, entre as quais a ética e a “advocacia da
saúde e dos direitos da criança e do adolescente” – valores fundamentais da
formação do profissional.
A saúde mental passa a ser conteúdo explícito, aprofundado e obrigatório, a adolescência tem carga horária
ampliada, as doenças crônicas são incluídas, assim como a questão da violência,
cuidados paliativos, medicina do esporte, saúde bucal. Treinamentos como em
Neonatologia também ganham mais tempo. A Puericultura é aprofundada, com ênfase
na influência do meio ambiente no crescimento e no desenvolvimento com vistas à
saúde do adulto.
A formulação abrange a atenção primária, secundária e terciária à saúde da criança e do adolescente. A
proposta inova também muito na metodologia, pois “aponta, objetivamente, como
fazer, porque, aonde chegar, em cada item. Isso permite que se avalie muito
claramente o desempenho da educação”, explica Dioclécio Campos Jr..