Que vergonha
G1 , Feira de Santana |
25/11/2014 às 10:02
Pacientes estão sendo encaminhados para a Poiliclínica da Prefeitura
Foto: REP
A paralisação de médicos no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, levou ao aumento na demanda dos postos de saúde da cidade a 100 km de Salvador. Na Policlínica do Tomba, por exemplo, segundo a coordenação da unidade, houve um aumento de 25% no movimento de pacientes.
"Eles enviam todos os pacientes que chegam lá. [Dizem] Estamos em greve, vá para a Policlínica do Tomba. E aí quando a gente vai ver, o paciente necessita do atendimento e a gente tem que atender", afirma José Leal, coordenador da Policlínica.
Os médicos do HEC paralisaram parte das atividades na segunda-feira (24) como forma de protesto por atrasos nos salários. Os funcionários informam que os vencimentos estão atrasado há dois meses. O atendimento foi suspenso parcialmente no setor ambulatorial, e na emergência só estão sendo atendidos os casos extremos.
Os médicos reclamam que o último repasse de recurso do Governo do Estado para o HEC foi em julho. Por isso, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), organização que administra o HEC, está com dificuldade de cobrir custos administrativos.
Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que a paralisação é parcial, atingindo as consultas ambulatoriais e os pacientes classificados fora do perfil de atendimento que procuram a unidade. Os pacientes considerados graves continuam sendo atendido normalmente pela equipe do Hospital da Criança, afirma a secretaria.
Já a assessoria do hospital disse, também por meio de nota, que está disponível para, junto com a Sesab, buscar soluções na regularização dos repasses e no atendimento à população. Uma reunião sobre o assunto foi realizada, mas o resultado ainda não foi divulgado.