Veja explicações da direção do Hospital Espanhol
Marketing HE , Salvador |
10/09/2014 às 10:23
Direção do Hospital Espanhol diz que falta de financiamento acordado gerou o caos
Foto: BJÁ
O Hospital Espanhol vem a público esclarecer que apresentou projeto de reestruturação financeira à CEF em novembro de 2012, tendo sido aprovado com algumas condições em Maio de 2013, quais sejam:
Hipoteca em primeiro e único grau do imóvel denominado Centro Médico – atendido de imediato;
Criação de um Conselho de Administração com 09 (nove) membros sendo 02 (dois) representantes do Estado, com aprovação por unanimidade – atendido de imediato;
Gestão Profissionalizada, que foi indicada pela SESAB a Fundação José Silveira, mediante Termo de Cooperação Técnica – acatado de imediato;
Garantia do Estado de contratação de serviços, mediante Termo de Compromisso firmado pelo Secretário de Saúde à época, ratificado pelo atual Secretario, no montante de R$ 4.083.000,00 (quatro milhões e oitenta e três mil reais) mensais – atingindo o valor máximo de R$ 2.000.000,00/mês;
Em 24/05/2013, foi liberada a primeira parcela do Projeto de Reestruturação no valor de 32,6 milhões, com a finalidade de liquidar operações financeiras junto ao BNB; ITAU; CEF; salários atrasados (03 meses), honorários médicos atrasados (1/3) e 1/10 das dividas com fornecedores.
Foi estipulado nesse momento que a terceira, e última parcela, deveria ser contratada no prazo máximo de 120 dias para a liberação de 25 milhões.
Em 24/08/13, foi contratada a segunda parcela da operação junto à Desenbahia, cuja aplicação do recurso, no valor total de 53 milhões, deu-se conforme previsto em projeto, com a devida conferência e autorização prévia do Desenbahia.
Tal parcela teve como destinação a liquidação de empréstimos pretéritos junto ao Bic Banco (8,01 milhões); ITAU (1,8 milhões); médicos (saldo final de 6,4 milhões); tributos (2,7 milhões); folha de pagamento (12,2 milhões) e o saldo restante como capital de giro.
Por fim, cabe ressaltar que, apesar de Hospital Espanhol ter atendido a todas as condicionantes, os então gestores não atenderam às premissas pactuadas com a CEF, especialmente as referentes à redução de despesas e ao incremento do faturamento, fazendo com que a contratação da terceira e última parcela, essencial para a sobrevivência do Hospital, não se efetivasse até a presente data.
Com a saída da Fundação José Silveira, em abril/2014, o representante da SESAB no Conselho de Administração, Dr Andrés Alonso, aprovou por unanimidade o seu pleito de tornar-se Conselheiro Executivo, com dedicação de tempo diária dentro do Hospital para negociação direta junto a médicos, empregados e fornecedores, permanecendo nesta função até o final do mês de agosto do corrente ano.
Diante dos fatos, o Hospital Espanhol buscou a mediação do Ministério Público Estadual, para intermediar uma solução a curto prazo, com a solicitação da presença dos gestores locais de saúde, representantes sindicais e os agentes financeiros partícipes do projeto.
Necessário enfatizar que é do total interesse do Hospital Espanhol a continuidade das suas atividades, bem como o pleno funcionamento dos seus 250 leitos - entre os quais 60 de UTI – para o integral atendimento à sociedade baiana, como vem fazendo ao longo dos seus 129 anos de existência.
Salvador, 09 de setembro de 2014.
Demétrio Moreira Garcia
Presidente do Conselho de Administração da RSEB