Saúde

Automedicação para tratar disfunção erétil pode ser muito perigosa

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Carla Alves Santana , da redação em Salvador | 24/03/2014 às 09:31
Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil  internações por intoxicação medicamentosa, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano de 2010, segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), 27.710 pessoas foram internadas pelo mesmo motivo. Apesar da frequência dos casos, a população demonstra não estar atenta aos riscos da automedicação. “Quando falamos especialmente em tratamento de disfunção erétil, os riscos são muitos, pois todos os medicamentos para tratar o problema têm contraindicações específicas”, alerta o urologista Francisco Costa Neto (CRM-BA 9264 | RQE 116427), diretor da Clínica do Homem.
 
Especialista em Andrologia, o médico afirma que o uso concomitante com outros fármacos pode causar de um simples desmaio até a morte imediata do usuário. “Pessoas que usam nitratos, principalmente aqueles que sofreram angina do peito, devem ter muito cuidado, pois a interação com os ‘estimuladores sexuais’ pode matar devido à queda brusca da pressão sanguínea. Medicamentos utilizados para tratar Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) também podem provocar reações graves”, destaca.
 
Na verdade, nenhum medicamento deve ser utilizado sem o devido acompanhamento médico, pois há informações sobre a droga ou fármaco que só o médico pode dar. Por isso, a realização de uma avaliação médica preventiva periódica é essencial. “O nosso lema, ‘Viver bem e com saúde’, condena a automedicação ao tempo em que valoriza a vida saudável, possível a partir de mudanças de hábitos alimentares e prática de atividades físicas”, resume Neto.
 
Tratamento adequado
 
O tratamento da Disfunção Erétil tem atualmente uma abordagem multidisciplinar. A dificuldade com as ereções tem, muitas vezes, relação direta com doençascardiovasculares, tais como diabetes, hipertensão, distúrbios hepáticos, dislipidemia e deficiência androgênica. Todos esses problemas contribuem para piorar a Disfunção Erétil.
 
A avaliação com o Andrologista ou Urologista é fundamental para o diagnóstico e o sucesso do tratamento. Em muitos casos, há necessidade de realizar reposição hormonal para tratar a doença. Mas só um médico pode orientar o paciente neste sentido. “Grande é a nossa responsabilidade como médicos ao informar nossos pacientes, esclarecê-los sobre toda e qualquer medicação prescrita, dissertando sobre seus efeitos colaterais, benefícios e como utilizá-la corretamete”, conclui o especialista.