Durante o carnaval os pais devem redobrar a atenção com a hidratação dos filhos. Por causa do sol forte e da transpiração excessiva, a desidratação é uma doença que pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais perigosa quando ocorre em crianças e idosos.

A desidratação se caracteriza pela falta de água e sais minerais no corpo, impedindo que ele realize suas funções normais. Ela ocorre quando a água eliminada pelo organismo não é reposta de forma adequada. O caso se agrava quando há a presença de vômitos, diarréias, febre ou o uso de diuréticos.

Pensando em alertar a população para os perigos da desidratação infantil durante o carnaval, o Hospital Santa Izabel lançou uma campanha para ensinar medidas simples, que podem evitar o problema.

De acordo com a médica, chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Santa Izabel, Rita Mira, o diagnóstico da desidratação é feito através do exame físico e quadro clínico apresentado pela criança. “Boca com pouca saliva, olhos fundos, pouca diurese e pele seca, são alguns dos sintomas. Nos casos mais graves, a criança fica sonolenta e inapetente”, explica a médica.

Tratamento - Segundo Rita, os pais devem observar a cor, o cheiro e a quantidade de urina da criança. “Se estiver escura, concentrada, com cheiro forte e em pouca quantidade, são sinais de que algo não vai bem”, alerta.

Nesses casos a criança deve ser levada à emergência para ser tratada com hidratação venosa. Os casos mais leves podem ser tratados com terapia de reidratação oral, feita com água e sucos. 

Prevenção - A melhor maneira de evitar a desidratação ainda é a prevenção, evitando expor a criança durante muito tempo em altas temperaturas e oferecendo durante o dia muita água, filtrada ou fervida, em goles pequenos e intervalos curtos. 

“As crianças não devem ser expostas ao calor por muito tempo e devem ingerir líquidos constantemente, mesmo que não peçam. Sucos de caixinha e outras bebidas industrializadas devem ser evitados. No carnaval, vista a criança com roupas leves e não leve seu filho para lugares com grande concentração de pessoas, esses ambientes favorecem as infecções”, destaca a médica.