Especialista consultado pelo 'Daily Mirror' diz que ex-piloto poderá permanecer
em estado vegetativo de forma natural, mesmo após término do coma artificial
Globo Esporte , França |
03/02/2014 às 21:48
As incertezas sobre a saúde de Schumacher
Foto: Reuters
A confirmação de que os médicos estão reduzindo os medicamentos de sedação que mantêm Michael Schumacher em coma induzido animou os fãs do heptacampeão mundial. Mas um especialista em traumas cerebrais consultado pelo tabloide britânico “Daily Mirror” adverte que a fase mais difícil da recuperação do ex-piloto, que está internado em um hospital de Grénoble, na França, desde o grave acidente de esqui ocorrido no dia 29 de dezembro, ainda está por vir.
De acordo com o Dr. Heinzpeter Moecke, diretor do Instituto de Emergência da Clínica Asklepios, em Hamburgo, na Alemanha, Michael poderá sair do coma artificial diretamente para o estado de coma natural, no qual o paciente permanece em estado vegetativo mesmo sem a interferência de medicamentos, por um período indeterminado.
- Infelizmente, existe o risco de que um paciente retirado do coma induzido continue em um sono profundo depois da retirada dos remédios. Isso poderia significar um estado vegetativo permanente, no qual Schumacher estaria efetivamente paralisado - disse Moecke.
O médico também comentou sobre a possibilidade de o recordista de títulos da Fórmula 1 conseguir acordar após o processo de interrupção do coma induzido. Neste caso, Moecke acredita que Schumacher poderá ficar agitado e tentar remover os tubos ligados a seu corpo, além de enfrentar dificuldades para se recordar do passado.
- Acordar desse sono artificial pode deixar o paciente bastante confuso no início. Ele não terá certeza de quem é ou onde está. Se Schumacher ficar muito agitado e tentar remover os tubos de seu corpo, os médicos poderão induzi-lo a um sono mais leve novamente - avaliou o médico alemão.
De acordo com o jornal francês “L’Equipe”, Schumi estaria “respondendo bem aos estímulos” e “teria feito notadamente o ato de piscar os olhos”, o que seria um sinal positivo de atividade cerebral. Apesar de a informação ser creditada a fontes sérias, o tratamento do heptacampeão mundial continua cercado de mistério e pouco diálogo com a imprensa. O último comunicado oficial foi divulgado na quinta-feira passada, e a assessoria do ex-piloto avisou que não atualizará o quadro de saúde do alemão por enquanto.