Após chegar à cidade ontem (31/01), o presidente Cedro Silva, acompanhado de membros da Direção da CUT estadual; Conceição Borges (secretária de Formação), Josenilton Ferreira-“Cebola” (secretário de Organização e Políticas Sindicais) e Edson Conceição (secretário de Saúde), além de sindicatos e confederações participaram de uma reunião com o vice-prefeito Francisco de Assis (PT). 

Para surpresa dos trabalhadores, o prefeito negou-se se a recepcionar representantes do Sindicato. A Central Única dos Trabalhadores, por sua vez, estabeleceu um prazo para que a categoria fosse respeitosamente atendida. No entanto, o prazo expirou às 17hs de ontem (31/01), e o prefeito reafirmou que só atenderia membros da direção da CUT-BA e não os representantes do sindicato. “A presidente Telma Marineide foi eleita com 93% dos votos e nós não aceitamos ser recebidos sem a sua presença. Ela é representante da categoria, e o prefeito como um servidor público estadual, não pode se recusar em atender a categoria. Diante da negativa bastante questionável do gestor, realizamos uma assembleia para avaliar a situação e, na tarde deste sábado (01/02), sairemos às ruas para levar ao conhecimento da população através de uma carta aberta os motivos da greve. Em seguida, os trabalhadores irão se reunir para avaliar os rumos do movimento”, revelou o presidente da CUT.

Sem avanços até inicio da tarde deste sábado, dirigentes da Central discutem agora a possibilidade de mobilizar outros sindicatos CUTistas do Estado da Bahia para realização de um grande ATO na cidade entre os dias 05, 06 e 07 de fevereiro de 2014 data em que acontece a micareta de Juazeiro. “Assim que chegamos a cidade fomos questionados pelos trabalhadores da saúde sobre a eleição de prioridades que o prefeito vem estabelecendo no município. Os trabalhadores informaram que no dia 28 de janeiro, o prefeito Isaac Carvalho foi à Salvador para buscar apoio do candidato Rui Costa (PT), para a micareta que acontece entre os dias 7 e 16 de fevereiro. Os servidores querem saber o motivo pelo qual o prefeito não se deslocou para buscar recursos e investimentos para favorecimento da saúde pública de Juazeiro que verdadeiramente encontra-se na UTI e tem deixado a população em desespero”, replicou Cedro Silva.

Diante da presença da CUT-BA e da movimentação dos trabalhadores na cidade, a Direção da SINTRAB, recebeu a informação de que o deputado estadual Daniel Almeida ( PCdoB), chegará à Juazeiro na tarde deste sábado para tentar estabelecer um dialogo mais respeitoso com os servidores públicos municipais.

A direção estadual da CUT-BA informa que estará acompanhando o passo a passo das negociações.

 

 

Leia abaixo a carta aberta destinada à população juazeirense.

 

 

 

Juazeiro, 01 de Fevereiro de 2014.

 

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

 

Nós trabalhadores da saúde de Juazeiro estamos em campanha desde 2013 pela aprovação do PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E REMUNERAÇÕES, acordado com o prefeito Isaac Carvalho do PCdoB que depois de muito tempo sem atender ao acordado, segue postergando a aprovação do PLANO. Depois de muitas cobranças e tentativas de diálogo com o prefeito que em nenhum momento atendeu o pleito dos servidores, o sindicato, legítimo representante da categoria, realizou paralisações de advertência de 24, 48 e 72 horas na tentativa de sensibilizar a prefeitura para atender a reivindicação. Como isto não aconteceu, e a prefeitura demonstrando total desrespeito com os trabalhadores e a saúde do município, os trabalhadores aprovaram por uma greve geral dos servidores da saúde a partir do dia 06 de Janeiro de 2014, respeitando os 30% do efetivo mínimo como manda a lei.

 

Os servidores também estão em campanha salarial desde janeiro de 2014 e até agora nada foi atendido;

 

- Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração.

- Calendário de pagamento salarial,

- Reajuste salarial dos servidores da saúde.

Melhores condições de trabalho, para que possam prestar um melhor serviço à população juazeirense.

Saúde de Juazeiro na UTI.

Hospital da criança fechado;

Falta de transparência na utilização de recursos federais;

Dificuldade na marcação de guias de exames e consultas;

Descredenciamento de entidades e profissionais por falta de pagamento;

Postos de saúde interditados;

Falta de medicação para a população;

Falta de condições de trabalho.