Médicos alertam para a importância da prevenção do segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil
ASCOM OSID , da redação em Salvador |
15/11/2013 às 12:07
Depois do movimentado Outubro Rosa, as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) agora estão engajadas no Novembro Azul, campanha de prevenção ao câncer de próstata - segundo mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele. Entre as ações, organizadas pela Enfermaria de Oncologia, estão a distribuição de laços azuis e panfletos informativos pelos setores, palestra com familiares de pacientes da unidade e evento musical. A OSID também iluminou de azul a estátua de bronze de Irmã Dulce, localizada ao lado do portão principal da instituição (Largo de Roma).
Chefe do Serviço de Oncologia Clínica da OSID, a médica oncologista Lívia Andrade ressalta que realizar exames de detecção precoce rotineiramente é fundamental, pois na fase inicial o câncer da próstata não costuma apresentar sintomas. “Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma no início ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal”, explica.
O câncer de próstata pode ser descoberto inicialmente no exame clínico (toque retal) combinado com o exame de sangue. Se detectado o tumor, só a biópsia é capaz de confirmar a presença de um câncer. “Quando descoberto no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. A redução da mortalidade do câncer de próstata depende principalmente da adesão aos exames de diagnóstico precoce e da conscientização da população. O preconceito ainda é uma importante barreira a ser vencida”, observa Lívia Andrade.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que, somente no ano passado, foram identificados mais de 60 mil novos casos da doença. Em valores absolutos, o câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Terceira idade - Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Obesidade e hábitos como etilismo e tabagismo também influenciam no desenvolvimento da doença. Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias. O tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes apenas com acompanhamento médico.