Saúde

Cuidados com o fígado serão debatidos em Salvador, de 10 a 12 julho

16ª edição do Hepatologia do Milênio, programa coordenado pelo médico hepatologista, Raymundo Paraná, será realizada de 10 a 12 de julho
Texto & Cia ,  Salvador | 04/07/2013 às 16:32
Salvador realizará, de 10 a 12 de julho, o Hepatologia do Milênio 2014, um programa de educação médica continuada que acontece há 16 anos na capital baiana. Esta edição terá como tema central a Hepatotoxicidade, popularmente conhecida como a intoxicação do fígado por agentes externos. Também serão discutidos temas relacionados às hepatites virais, medicamentos e o futuro terapêutico da hepatite C, que deverá mudar radicalmente a partir de 2014 com novos medicamentos com melhor perfil de segurança e maior eficácia comparada aos atuais.

“São três dias de imersão em hepatologia com ênfase no tratamento dos portadores de Hepatites Virais na prática clínica. O modelo que o Hepatologia do Milênio adota é o de treinamento com discussão interativa de casos reais”, explica o médico hepatologista e coordenador geral do evento, Dr. Raymundo Paraná.

Todos os anos participam aproximadamente 700 profissionais do serviço público de saúde, centros de referência em hepatologia de todo o país, além de especialistas de países sul-americanos e europeus.

Hepatotoxicidade

A Sociedade Brasileira de Hepatologia promoverá o primeiro modelo único de discussão sobre a hepatotoxicidade no país. Serão quatro módulos e cada um deles proporcionará discussões sobre as interações medicamentosas e os riscos de hepatotoxicidade. O encontro foi pensado para acontecer com a participação da Sociedade de Endocrinologia, Sociedade de Cardiologia e Sociedade Brasileira de Infectologia.

"O tema de toxicidade por medicamentos no Brasil é negligenciado. Sabemos que a notificação de efeitos adversos por medicamentos, sobretudo aqueles que acometem o fígado são subdiagnosticados no Brasil. Todos nós sabemos que o uso abusivo e descontrolado dos medicamentos naturais ou insumos vegetais (beberagens, infusões e chás) é causa de grande número de casos de hepatite tóxica no nosso país, todavia pouco se conhece acerca do quantitativo desses eventos. A discussão desses temas entre nós, colegas, e a divulgação dos perigos através dos veículos de comunicação são fundamentais para a sociedade", explica Dr. Raymundo Paraná.

Participam das discussões profissionais líderes de opinião dos maiores centros de referência em hepatologia do mundo.

Este ano, estarão presentes:

- Christian Trèpo – Lyon, França

- Christopher Risode – Paris, França

- Vlad Ratziu - Nice, França

- Sabino Bruno – Milão, Itália

- Norah Teroh – São Francisco, EUA

- Edwin Keuffer – Nova York, EUA

- Maribel Rodrigues Torres – Porto Rico

- Naum Sanches – México

- Fernando Bersoni – Rosário, Argentina

- Hugo Faber – Buenos Aires, Argentina

- Marcelo Silva – Buenos Aires, Argentina

- Fernando Contreiras – São Domingo, Republica Dominicana

A estes se juntarão 40 hepatologistas e infectologistas brasileiros.

Dr. Raymundo Paraná

Médico hepatologista e professor associado da faculdade de medicina e professor livre-docente de Hepatologia Clínica da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É também chefe do serviço de Gastro-Hepatologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia – HUPES-UFBA.