Serviço das Obras Sociais Irmã Dulce vem ajudando a melhorar a qualidade de vida em pacientes que sofrem com a perda da audição
Oscid , Salvador |
17/05/2013 às 12:08
Estima-se atualmente, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), que 6% dos habitantes em países em desenvolvimento sejam portadores de algum grau de deficiência auditiva. Entretanto, tal limitação, que traz como consequências atrasos no desenvolvimento da linguagem, dificuldades de escolarização e profissionalização, além de problemas de inclusão social, já dispõe hoje de modernas técnicas de tratamento através do Sistema Único de Saúde (SUS). É o caso, por exemplo, do atendimento prestado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), instituição que mantém em Salvador um dos mais completos centros destinados ao tratamento de pacientes nesse campo. Na lista dos serviços oferecidos pelo Núcleo de Reabilitação Auditiva da entidade, destaque para o programa de Implante Coclear e a adaptação precoce de aparelhos auditivos.
Conhecida como “ouvido biônico”, a cirurgia de Implante Coclear, realizada gratuitamente pela OSID, compreende um avançado tratamento para pessoas portadoras de deficiência auditiva sensorioneural bilateral de grau severo e profundo. Indicado para crianças a partir dos três meses de vida, adultos e idosos que não obtiveram benefícios com o uso de aparelhos auditivos convencionais, o procedimento configura-se em uma valiosa ferramenta na superação das limitações geradas com a perda da audição. “O programa vem garantindo a pacientes das mais variadas faixas etárias uma melhora significativa na qualidade de vida. A unidade já realizou com sucesso centenas de operações, sendo que todos os indivíduos submetidos ao implante encontram-se hoje em pleno processo de inserção social, com melhoras significativas de compreensão auditiva e produção vocal”, explica o otorrinolaringologista Eduardo Barbosa, coordenador do núcleo.
Como funciona - O avançado dispositivo eletrônico atua estimulando diretamente as fibras remanescentes do nervo auditivo. Tal estimulação permite a transmissão do sinal elétrico via nervo auditivo até a decodificação no córtex auditivo central. Seu funcionamento difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Enquanto o AASI apenas amplifica o som, o Implante Coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário a capacidade de perceber o som. “Para receber o implante o paciente se submete a um diagnóstico adequado para avaliação da perda auditiva”, observa o fonoaudiólogo Marcos Banhara, responsável técnico do núcleo.
Aparelhos – Credenciado pela modalidade de saúde auditiva de alta complexidade, o Núcleo de Reabilitação Auditiva da OSID também está apto a diagnosticar e a realizar, gratuitamente, a adaptação precoce de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI), permitindo assim maior agilidade na reabilitação de crianças com perdas auditivas congênitas. O centro está capacitado ainda a estabelecer parcerias com unidades de triagem neonatal para diagnosticar e reabilitar ainda mais precocemente as crianças residentes na Bahia. O serviço conta com a orientação de uma equipe multidisciplinar, composta por otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, neurologistas, entre outros profissionais.
Mais informações sobre os tratamentos oferecidos podem ser obtidas no Núcleo de Reabilitação Auditiva da OSID, localizado no Hospital Santo Antônio (Av. Bonfim, s/nº, Largo de Roma), através dos telefones (71) 3310-1381 e 3310-1380.