Saúde

12 mil médicos baianos suspenderam atendimento a planos de saúde

12 mil médicos aderiram a paralisação
G1 , Salvador | 25/04/2013 às 18:15
Protestos em todo país pela baixa remuneração aos médicos
Foto: G1
Médicos de pelo menos oito estados e do Distrito Federal vão suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde nesta quinta-feira (25) em protesto contra as operadoras. O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que as consultas que já estiverem agendadas serão remarcadas e os atendimentos de urgência e emergência nos prontos-socorros não serão afetados.
Nesta quarta, representantes dos médicos entregaram uma pauta com reivindicações à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula os planos de saúde no país.
O protesto dos médicos contra os planos de saúde acontece pelo terceiro ano consecutivo. Entre as reclamações, a categoria pede honorários médicos “dignos”, com reajustes que, segundo nota do CFM, são previstos por contrato.

Os médicos reclamam também do que eles chamam de “interferência no trabalho médico, no momento do diagnostico e da prescrição”. Os planos de saúde, muitas vezes, não cobrem exames ou tratamentos recomendados pelos médicos, o que afeta a qualidade do serviço prestado.
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Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, São Paulo e Sergipe terão a suspensão dos atendimentos. Nos demais estados, a manifestação dos médicos será feita de outras maneiras – as entidades médicas do Acre, de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina ainda não tinham avisado ao CFM que medidas tomariam até as 8h30 desta quinta.

Bahia

Cerca de 12 mil médicos baianos aderiram à mobilização nacional. Somente os casos de urgência e emergência estão sendo tratados. De acordo com o Conselho Regional de Medicina, a categoria se reúne às 14h para discutir a relação com as operadoras. Na Bahia, a paralisação afeta cerca de 1 milhão e 500 mil usuários, o que corresponde a 11,1% da população.

Distrito Federal

Médicos da rede privada suspenderam o atendimento. Eles pleiteiam um reajuste de 100%, sem repasse aos usuários dos planos. Nem as associações de médicos, nem a entidade que representa as empresas de planos de sáude fizeram estimativa de adesão dos profissionais ao protesto.

Goiás

Em Goiás, o protesto deve deixar cerca de 850 mil usuários sem atendimento. O comitê de médicos que organiza o movimento no estado aprovou a suspensão do atendimento a clientes dos planos de saúde que pagam menos de R$ 60 por consulta, descumpriram acordos firmados ou que não negociaram com os representantes da classe.

Piauí

Mais de 300 mil clientes devem ser prejudicados com a suspensão do atendimento no estado. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Piauí, os profissionais do estado vão se reunir na sede da entidade, em Teresina, para discutir sobre o problema.

Rio Grande do Sul

No estado, foi apresentado um balanço das negociações com as empresas do setor. Segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), dos 12 planos privados que atuam no estado, 10 já têm proposta de reajuste. Como o processo está em andamento, a categoria decidiu não suspender atendimentos.

Rondônia

Médicos de Rondônia mantiveram os atendimentos normais aos pacientes de planos de saúde O Sindicato Médico (Simero) informou que os profissionais do estado optaram pela instalação de câmaras técnicas de acordo com cada especialidade para negociar junto aos planos de saúde. Desta forma, cada especialidade poderá negociar suas reivindicações de forma mais específica com cada operadora de plano de saúde, de acordo com as suas necessidades.