Saúde

Médicos param atendimento em maternidade pública no Pau Miúdo

Além disso, reivindicam melhorias nas condições de trabalho.
Paula Pita/A Tarde , da redação em Salvador | 02/03/2013 às 11:47
Os médicos da Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto, no Pau Miúdo, pararam por tempo indeterminado a partir deste sábado, 2. A mobilização estava prevista para acontecer nesta sexta, 1º, mas foi adiada por conta de uma rodada de negociação da categoria com representantes da Santa Casa, que administra a unidade.
"Eles disseram que iam estudar (as reivindicações), ver, mas nada foi feito", explica o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia, Francisco Magalhães. Os profissionais querem a mudança na forma de contratação, que atualmente é através de vínculo como Pessoa Jurídica (PJ).

 Além disso, reivindicam melhorias nas condições de trabalho.

De acordo com a assessoria da Santa Casa, a mudança na forma de contratação é estudada, mas ainda não há uma posição oficial. A entidade reforçou as equipes por conta da mobilização e os médicos estão de plantão nesta manhã, atendendo as mais de 200 pacientes internadas na unidade neste sábado. Segundo a assessoria, nenhuma paciente foi recusada por conta da paralisação nesta manhã.

Conforme o sindicato, com a greve, está suspenso o atendimento a novas pacientes. Sendo mantido apenas o tratamento de gestantes que já estão internadas na unidade. Durante a paralisação, as pacientes podem procurar outras maternidades públicas, como Tysila Balbino (Baixa de Quintas), Albert Sabin (Cajazeiras), Climério de Oliveira (Nazaré) e Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), em Brotas. Além destas, também oferecem atendimento obstétrico os hospitais Roberto Santos (Cabula) e João Batista Caribé (Coutos).

Postos - Os médicos dos postos de saúde Dr. Edison Teixeira Barbosa, em Pernambués, e Rodrigo Argolo, em Tancredo Neves, também estão parados. O movimento, que começou nesta sexta-feira, 1º, também é contra as condições de trabalho consideradas precárias.
Os profissionais, contratados como pessoa jurídica pelo Instituto de Gestão Humanizada (IGH), também reclamam de falta de higiene e atraso no salário desde dezembro.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apesar do movimento, o atendimento está mantido nas unidades.