Saúde

FISICULTURISTA morre por asfixia mecânica e marido conta outra versão

Veja o que acontece quando uma pessoa morre por asfixia mecânica, uso de algum equipamento para sufocar
G1 , Natal | 03/01/2013 às 17:14
O cabuloso caso da morte de fisiculturista paulistana
Foto: G1

 A turista paulista Fabiana Caggiano Paes, de 36 anos, morreu nesta quarta-feira (2) em Natal. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas o laudo inicial do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) apontou características de asfixia mecânica - quando as vias respiratórias são bloqueadas. Fabiana morava em Osasco, na Grande São. Ela, o marido e alguns familiares chegaram na semana passada a Natal e pretendiam ficar na cidade até esta semana.

Contudo, a perícia do Itep ainda não foi concluída. Em depoimento à polícia potiguar, o marido da turista disse que ela sofreu um acidente na quinta (28/12), enquanto tomava banho no hotel onde estavam hospedados em Natal, e desmaiou. Depois de ser socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu), Fabiana foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital, onde permaneceu até morrer.

De acordo com o delegado do caso, Frank Albuquerque, foram encontrados sinais de asfixia mecânica. “Ao abrir os pulmões e a traqueia dela, os peritos verificaram características de asfixia mecânica, como se algum instrumento tivesse colocado força sobre as vias respiratórias de Fabiana. Havia hemorragia ao redor do pescoço dela e pontos de sangue no pulmão que apontam para o sufocamento”, disse o delegado. “É muito difícil isso ter acontecido por causa de uma queda, já que a superfície onde ela caiu é lisa, pois o chão do banheiro do hotel é de azulejo. Não tem condição de tapar totalmente a boca e o nariz dela”, acrescentou.

Contudo, o laudo da morte de Fabiana Caggiano final ainda não foi concluído pelo Itep. Ainda segundo o delegado, os peritos vão analisar outras partes do corpo para confirmar a causa da morte. “Enquanto isso, não podemos tratar o caso como homicídio. Porém, essa possibilidade não está descartada. Já começamos a ouvir os familiares e iremos interrogar também funcionários e hóspedes do hotel onde a turista estava", adiantou.

Fabiana e o marido estavam hospedados no quarto 505 do hotel Arituba, no bairro do Tirol. No mesmo hotel estavam a mãe dela, a irmã e dois sobrinhos, informou a polícia. Todos moravam juntos em Osasco, na Grande São Paulo. Ainda segundo a polícia, a família chegou a Natal na terça (25/12), onde ficariam por uma semana.

Versão do marido

Em depoimento à polícia, o marido de Fabiana contou que ela acordou e foi tomar banho para se encontrar com o resto da família no restaurante do hotel. “O marido disse que ela sofreu um acidente durante este banho. E para socorrê-la foi preciso quebrar o box, que estava fechado pelo lado de dentro. Como ela estava desmaiada, ele disse que a colocou no chão do quarto, ao lado da cama, e realizou uma massagem cardíaca na tentativa de reanimá-la. Como não conseguiu, pediu para chamar o Samu. O serviço realizou o atendimento e a conduziu para a UTI de um hospital particular de Natal”, resumiu o delegado ao G1.

“Também ouvimos a mãe e a irmã de Fabiana. Ambas disseram que nunca viram o casal brigar. O marido também disse que amava muito a mulher e não havia brigado com ela durante os dias que passaram na capital potiguar”, afirmou Frank.

Indagado sobre a possibilidade do marido ser suspeito da morte de Fabiana, o delegado disse que enquanto o laudo não for conclusivo, ele será tratado como vítima, já que acabou de perder a mulher. “Os indícios apontam que houve estrangulamento, mas ainda não temos essa confirmação. Então ainda não podemos tratar o caso como um assassinato", explicou.

Sobre a possibilidade de outra pessoa ter estado no quarto, o delegado descarta a possibilidade. "Era por volta das 7h, o casal estava acordado. Se alguém tivesse entrado, eles teriam visto. E o marido não falou sobre a presença de ninguém além dos dois. Além disso, o box estava fechado por dentro" indicou.

Fabiana era fisiculturista, assim como o marido. “Ela era bem forte e o marido também”, finalizou o delegado.