Professora da Estácio FIB alerta para a importância do uso de protetor solar e para os riscos de quem exagera no bronzeamento artificial
Indira Naiara , Salvador |
19/12/2012 às 09:54
Uso de protetor solar e exposição junto ao astro rei só em determinadas horas
Foto: DIV
A chegada do verão requer alguns cuidados com a pele. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia apontam que a cada ano 100 mil brasileiros desenvolvem algum tipo de tumor na pele e que a exposição excessiva ao sol é a principal causa. Por esse motivo, quem deseja manter um belo bronzeado durante a estação deve adotar certos hábitos para aproveitar apenas o melhor do sol.
A coordenadora do curso tecnológico de Estética e Cosmética da Estácio FIB, Daniella Gomes, ressalta que as pessoas devem evitar a exposição ao sol entre as 10 e as 16 horas e usar óculos escuros, chapéus, bonés, além do protetor solar. “O protetor solar é indispensável para qualquer tipo de pele. Ele deve ter FPS (Fator de Proteção Solar) de no mínimo 15 e ser reaplicado a cada duas horas ou após exercício, mergulho ou suor excessivo”, afirma. O FPS deve ser definido de acordo com a cor da pele. Quanto mais clara, maior deve ser o fator de proteção.
Daniella recomenda que o uso do protetor solar seja diário e diz que o produto é indispensável até mesmo em dias nublados. Para as mulheres, aconselha o uso de maquiagem com proteção solar. “Se a maquiagem não tem essa proteção, é necessário aplicar protetor antes de se maquiar”, alerta. Hoje, é raro encontrar quem não saiba que a exposição excessiva aos raios solares aumenta a incidência de câncer de pele, especialmente nas pessoas de pele muito clara. No entanto, as praias e piscinas cheias em horários inadequados indicam que ainda não há mudança de comportamento. “Os danos da pele causados pelo sol são cumulativos. Com o passar da idade, quanto mais freqüente e duradoura for a exposição, maiores os riscos”, alerta Danielle.
Riscos do bronzeamento artificial - O bronzeamento artificial é condenado pelos médicos do GBM (Grupo Brasileiro de Melanoma) e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, porque faz uso dos raios ultravioleta do tipo A para deixar as pessoas mais morenas. Em geral, são as de pele mais clara e mais sensível que se valem desse recurso.
“Antigamente se pensava que esses raios não tinham contraindicações. Hoje, há uma série de trabalhos indicando os malefícios que causam na pele e sua influência na formação de melanomas. Por isso, condenamos o bronzeamento artificial, embora reconheçamos que esses aparelhos possam ser benéficos em algumas situações especiais, como nos casos de psoríase, por exemplo”, comenta o médico Ivan de Oliveira Santos, especialista no tratamento de tumores de pele e professor de cirurgia na Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo, no site do também médico Drauzio Varella (drauziovarella.com.br).
A coordenadora do curso de Estética e Cosmética da Estácio FIB concorda que é preciso ter cautela em relação ao bronzeamento artificial, mas também alerta para os riscos do uso de produtos inadequados para acelerar o bronzeamento. “Algumas pessoas utilizam refrigerantes ou óleos para um bronzeamento mais rápido, mas esses produtos causam manchas e envelhecimento precoce da pele. Óleos bronzeadores não são adequados mesmo para uso cosmético, pois têm fator de proteção baixo e podem causar danos à pele”, declara.