Cerimônia aconteceu no Cemitério Bosque da Paz, na Av. Aliomar Baleeiro.
Mulher tinha 48 anos e tratava anemia falciforme no Hospital das Clínicas
G1 , Salvador |
02/12/2012 às 15:42
Ela estava internada há 23 dias com anemia falciforme
Foto: Rep TV Bahia
A mulher encontrada morta no terceiro subsolo do Hospital das Clínicas, em Salvador, na tarde de sexta-feira (30), foi enterrada na manhã deste domingo (2), no Cemitério Parque Bosque da Paz, localizado na Avenida Aliomar Baleeiro.
Segundo familiares, a cerimônia estava prevista para acontecer na tarde de sábado (1º), mas foi adiada porque o corpo de Maria Selma dos Santos Reis não havia sido liberado pelo Instituto Médico Legal (IML). Dezenas de amigos chegaram a ir até o Cemitério Bosque da Paz, na capital baiana.
Denúncia
O irmão da paciente alegou falta de segurança do Hospital das Clínicas. Segundo Paulo Roberto, ele só foi comunicado do desaparecimento da irmã 10 horas após ela ter sumido.
"Ela estava internada há 23 dias com anemia falciforme. Ela desapareceu na quarta-feira [28] à noite, mas o hospital só me informou na quinta-feira [29], às 10h. Foi difícil aceitar. Eu estranhei muito e não acreditei. Procurei a coordenação da enfermagem, o serviço social. Foi uma falta de segurança, de amor ao próximo", relata Paulo Roberto.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Complexo Hospitalar Universitário Edgar Santos, conhecido como Hospital das Clínicas e vinculado à Universidade Federal da Bahia, que informou que não irá se pronunciar sobre o caso até que seja divulgado o resultado da perícia.
De acordo com o boletim de ocorrência do hospital, a vítima foi encontrada na sexta-feira em estado de gigantismo no fosso do hospital. O levantamento cadavérico foi feito pelo delegado plantonista Juvêncio Neto e o corpo deslocado para o Instituto Médico Legal (IML).
A vítima tinha 48 anos e morava com a família no bairro do Cabula, na capital baiana. Ela não tinha filhos. Paulo Roberto conta que falou com ela pela última vez ainda na quarta-feira. "Eu fui levar um netbook [computador portátil] pra ela. Ela estava normal, sem esboçar uma reação diferente. Não tenho a mínima ideia do que aconteceu", relata.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou através de nota que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. De acordo com a polícia, o diretor do Hospital e todos os funcionários que trabalhavam no turno da noite foram chamados para prestar depoimento. Além disso foram solicitados os exames periciais da vítima e do local, além das imagens das câmeras de segurança da unidade hospitalar.