Saúde

Simpósio vê pneumonia adquirida na comunidade e ambiente hospitalar

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Tasso Franco , da redação em Salvador | 18/10/2012 às 10:29

Pneumonia adquirida na comunidade e no ambiente hospitalar são alguns dos temas que vão ser abordados no Simpósio sobre Pneumonia que o Serviço de Pneumologia do Hospital Santa Izabel promove no próximo dia 25 de outubro, das 19h30 às 22 horas, no Auditório Jorge Figueira (no hospital). O evento tem a coordenação do médico Guilhardo Fontes Ribeiro. As inscrições são gratuitas  e limitadas e podem ser feitas através do telefone (71) 2203-8367 ou email (pneumohsi@scmba.com.br).

Infecção aguda do pulmão causada por microorganismos (vírus, bactérias ou fungos), geralmente precedida por uma gripe ou bronquite, a pneumonia é considerada a maior causa de internação hospitalar no Brasil. Em 2011, foram registradas 722 mil internações hospitalares por pneumonia no país. Segundo a OMS, atualmente, a pneumonia é a principal causa de morte entre crianças menores de cinco anos no mundo.

Tosse com catarro, dor torácica, que às vezes piora com a respiração, febre, calafrios e falta de ar proporcional a extensão da pneumonia são alguns dos sintomas da doença. "Quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento maior a possibilidade de recuperação", explica o pneumologista, Guilhardo Fontes Ribeiro, chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital Santa Izabel.

A pneumonia adquirida na comunidade acomete indivíduos fora do ambiente hospitalar ou 48 horas após internação. As pneumonias que ocorrem 48 ou 72 horas após internação hospitalar são consideradas pneumonias hospitalares e apresentam um maior perfil de gravidade, devido a possibilidade de infecção por agentes multirresistentes, além do fato que estes pacientes são habitualmente portadores de outras enfermidades que motivaram o internamento. Nestes casos, a pneumonia é uma complicação decorrente do internamento e das possíveis doenças associadas.

O diagnóstico da pneumonia adquirida na comunidade é habitualmente baseado na história e exame clínico. Tosse, expectoração, dificuldade respiratória, dor torácica são alguns dos sintomas. Um cuidadoso exame auscultatório do pulmão permite o diagnóstico mesmo em fase inicial da doença, as manifestações sistêmicas são confusão mental, dor de cabeça, sudorese, calafrios, dores musculares e febre. A confirmação do diagnóstico e sua extensão são demonstradas no estudo por imagem ou Raio X de tórax.

As doenças do aparelho respiratório constituem a quinta causa de óbito no Brasil e, dentre essas, a pneumonia é a segunda mais frequente causa de óbitos com o registro de 47 mil mortes em 2011, sendo 33 mil (70,2%) em indivíduos acima de 65 anos de idade.

A mortalidade elevada em crianças decorre da fragilidade do seu sistema imunológico em formação. E no idoso devido a presença de outras doenças dos quais são portadores que podem ser agravadas com a pneumonia e seu sistema imunológico em declínio (baixa defesa do organismo).

Na gravidez, também existe alteração do sistema e imunológico e o útero gravídico dificulta o perfeito desempenho da musculatura respiratória,  comprometendo a função pulmonar. Mulheres gestantes, crianças e idosos apresentam risco elevado quando acometidos pela pneumonia.

Medidas de prevenção:

- Vacinação contra gripe e pneumonia em pacientes de risco, principalmente nos idosos, crianças e portadores de doenças crônicas, incluindo os portadores de Anemia Falciforme tão comum na Bahia..

-  Portadores de doenças crônicas (cardiopatas, diabéticos, portadores de hepatopatias,  pacientes renais crônicos e principalmente os pacientes com asma e DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)  devem manter seu quadro controlado seguindo a orientação do seu médico. É importante também sempre ter em mãos, por escrito, orientações de como proceder em caso de agravamento da doença.

 - Controle de infecções nas comunidades e hospitais. Pessoas infectadas devem evitar contato.

-  Lavar as mãos freqüentemente e ter bons hábitos de higiente

- Fazer a manutenção e limpeza de aparelhos de ar condicionado.

-  Não se expor a mudanças bruscas de temperatura.

- Não fumar. O cigarro causa danos ao pulmão e reduz as defesas naturais do organismo, tornando-o mais propenso às infecções respiratórias.

- Pratica atividade física. O exercício físico regular  reduz o stress e fortalece o sistema imunológico, prevenindo infecções.

-  Ter uma alimentação saudável e balanceada, rica em frutas, legumes e verduras e com baixo nível de gordura e sal.

- Crianças devem ser amamentadas até pelo menos seis meses de vida

- Evitar expor a criança em locais com aglomeração de pessoas, principalmente em ambientes fechados e lugares com poluição atmosférica, portanto evitar lugares com muito trânsito.

- Não fumar perto de crianças