Foi lançada na tarde dessa segunda-feira, 15, no Centro de Cultura da Câmara de Salvador, a Semana de Mobilização da Doença Falciforme, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme (PAPDF).
Até sexta-feira, 19, as unidades de saúde da capital baiana estarão realizando diversas atividades educativas como oficinas, salas de espera e dinâmicas de grupo, com o objetivo de divulgar informações sobre a doença falciforme e orientar a população.
De acordo com coordenadora do PAPDF, Maria Cândida Queiroz, o evento visa identificar pessoas portadoras da doença, mas ainda estão fora da rede de assistência. Nas unidades básicas de referência e postos de coleta temporários pode ser realizado o exame de sangue específico para diagnóstico, denominado eletroforese de hemoglobina.
O público alvo inclui gestantes, indivíduos com histórico da patologia na família e crianças que não fizeram o “teste do pezinho” – a primeira semana de vida do recém-nascido é o momento ideal para a realização do diagnóstico da doença.
Na abertura da semana um dos assuntos abordados foi a importância do atendimento e adequada assistência na Rede Básica de Saúde a pessoas diagnosticadas com doença falciforme. O ato contou com o apoio da Comissão de Saúde do Legislativo Municipal, presidida pelo vereador Dr. Pitangueira (PSD).
Ministraram a palestra inicial a coordenadora da Atenção Básica, Joildes Zacarias, e a responsável pela Área Técnica de Saúde da Mulher, Ana Carina.
A doença falciforme é o mal hereditário mais comum em todo o mundo. Segundo dados do Programa Nacional de Triagem Neonatal, uma a cada mil crianças nascidas vivas por ano é portadora. Na Bahia, a ocorrência é de uma a cada 650 crianças.
Os principais sintomas são anemia crônica, icterícia, crises dolorosas e úlceras nas pernas, próximo ao tornozelo, aparecendo normalmente a partir dos 6 meses de vida.