Saúde

Depois do fracasso da municipalização, Estado retoma Hospital Regional

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| 17/08/2012 às 13:16

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) reassumiu hoje a administração do Hospital Regional de Irecê Dr. Mário Dourado Sobrinho, depois do desastre que foi os quatro anos sob a administração da prefeitura de Irecê.

Hoje, Sesab firmou contrato emergencial para que as Obras Assistenciais Irmã Dulce (Osid) façam a gestão do Hospital Regional. O documento foi assinado no próprio hospital pelo secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, e pela superintendente das Osid, Maria Rita Pontes, tem vigência de 180 dias, até que a Sesab conclua o processo de seleção de um novo gestor.


Até então, o Hospital Regional era administrado pela prefeitura de Irecê, conforme atesta o próprio site da prefeitura. Mas, devido a má gestão, a queda na qualidade dos serviços prestados e as constantes reclamações que forçavam a população local a ter que se deslocar para a capital para ter atendimento digno, a atual administração decidiu devolver o Hospital Regional para o controle do Estado. O grande temor da população hoje é que, para se adequar a nova realidade, a população venha sofrer ainda mais.
 
"O atendimento, que já era ruim, pode piorar porque essa nova administração vai ter que se adequar a um orçamento mais enxuto. Já houve corte de funcionários e concurso para contratação de novos trabalhadores. Os médicos estão sendo obrigados a rever contratos e cortar vencimentos porque tinha profissionais que ganhavam verdadeiras fábulas, devido ao descontrole e falta de gerenciamento por parte da prefeitura", revelou um dos profissionais que trabalham na instituição.


Inaugurado em Outubro de 2008, o Hospital Regional de Irecê Dr. Mário Dourado Sobrinho deveria ser responsável pelo atendimento de média e alta complexidade da população de Irecê e de mais 37 municípios que compõem a macrorregião Centro-Norte e serviria de referência para mais de 769.742 habitantes. Mas, devido ao fracasso da gestão municipal, não era incomum os pacientes terem que ser transferidos para a capital até para procedimentos simples. A expectativa é que, a partir da estadualização da unidade, ela volte a prestar atendimento nas especialidades de cardiologia, cirurgia geral, clínica médica, endocrinologia, ginecologia/obstetrícia, ortopedia/traumatologia e pediatria.