Nem os policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática do Rio de Janeiro comandados pelo delegado Gilson Perdigão, nem os policiais de Bauru (distante 352 km de São Paulo) comandados pelo delegado seccional Marcos Mourão tiveram acesso ainda ao adolescente apontado pela polícia como o responsável por chantagear e publicar as fotos nuas da atriz Carolina Dieckmann.

Na sexta-feira (11), os policiais cariocas estiveram na casa do garoto, localizada em um bairro de classe média alta de Bauru, mas ninguém estava no local. De acordo com a polícia o padrasto do adolescente é advogado e tem buscado "blindar" o acusado.

Ainda de acordo com a polícia até agora não se teve acesso a nenhum computador ou equipamento eletrônico pertencente ao adolescente para que fosse periciado. Mourão explica que existe a possibilidade do principal suspeito de ter chantageado a atriz e pedido R$ 10 mil para não publicar as fotos dela na sua intimidade ser ouvido através de carta precatória.

Nesta modalidade, o adolescente seria ouvido por uma autoridade de Bauru. É possível que algumas medidas cautelares sejam tomadas como a quebra de sigilo dos suspeitos. Mourão explica que nada pode ser feito por Bauru sem a solicitação da polícia carioca. "Nenhuma atitude pode ser tomada por aqui", explica.

O pai do garoto não fala com a imprensa e o adolescente é mantido a resguardo dentro da residência. Vizinhos contam que o menino pouco sai de casa desde que os policiais cariocas estiveram na sua casa na sexta-feira. "A única vez que eu o vi ele estava com cara de bastante apreensivo", contou um morador do bairro onde o adolescente vive.

Apesar da expectativa em torno dos depoimentos a polícia carioca informa que as investigações estão andamento, mas que não há novidades no caso e que não tem ainda data marcada para os depoimentos.