O ex-presidente Lula deixou o hospital ontem com uma bomba de infusão para receber quimioterápicos continuamente por 120 horas.
A bomba ficará o tempo todo ligada ao cateter implantado em Lula, inclusive à noite e durante o banho, e só será retirada no hospital.
"A bomba parece uma pochete. Dá para manter uma razoável rotina com ela", explicou Ulisses Ribaldo Nicolau, da oncologia clínica do hospital A.C.Camargo.
A aplicação de quimioterápicos por bombas de infusão como a usada por Lula permite que o paciente faça parte do tratamento em casa.
"É uma alternativa para medicação. Existe há cerca de vinte anos e pode ser usada em vários tipos de câncer", afirma o oncologista Auro del Giglio, do hospital Albert Einstein.
Mas, de acordo com del Giglio, a opção pela bomba encarece o tratamento e, por isso, é rara no sistema público.
"No SUS, o paciente tem de ficar no hospital para receber a medicação", explica.
Hoje há dois tipos de bombas. A primeira, usada para liberações longas, como no caso de Lula, funciona com uma bateria. Outro tipo é acionado com calor do corpo.
Ambas alertam o paciente caso a medicação pare.