Saúde

OBSIDADE TEM CURA: ESPECIALISTAS BAIANOS DÃO A DICA DE COMO TRATAR

VIDE
| 03/10/2011 às 17:26

Todos os anos são realizadas campanhas educativas para alertar a população a respeito de um mal crescente em nossa sociedade moderna: a obesidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS), preocupada com esse crescimento, que acomete aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo, estabeleceu o dia 11 de outubro como Dia Internacional de Combate à Obesidade.


A obesidade tem características epidêmicas e pode favorecer ou agravar a hipertensão arterial, a diabetes, a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) e disfunções respiratórias, além das complicações cardiovasculares. A piora da qualidade de vida e a alta taxa de fracasso dos tratamentos conservadores são fatores que reforçam a indicação de tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. A indicação cirúrgica se baseia na análise conjunta de múltiplos aspectos clínicos, incluindo a falha do tratamento conservador e a avaliação psicológica.

"A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono está presente em mais de 70% dos pacientes portadores de obesidade. É um fator de risco para insuficiência respiratória e complicações cardiovasculares no pós-operatório, considerando suas implicações anestésicas. Portanto o seu manejo no pré e pós-operatório é recomendado. Pacientes asmáticos, tabagistas ou que apresentam qualquer outra deficiência respiratória também se beneficiam com a avaliação pré-operatória", explica a doutora Mônica Medrado, sócia do Centro Especializado em Doenças Pulmonares e Distúrbios do Sono (CEPS).


Como para outras comorbidades, é importante o preparo pré e pós operatório adequado dos obesos com a AOS grave. Além de cuidados especiais relativos à ventilação, é recomendado que o paciente reduza de 10% a 15% do seu peso corporal antes da intervenção cirúrgica.


Redução de 10% do peso original corresponde geralmente à diminuição de cerca de 25% no índice da AOS. Os efeitos são tanto melhores quanto maiores forem a redução do peso e a manutenção dessa perda. Resultados demonstram que a perda efetiva de peso após a cirurgia bariátrica resolve as comorbidades na maioria dos pacientes, com cura ou melhora da AOS em 86,3% dos pacientes. O uso rotineiro da polissonografia antes da cirurgia bariátrica tem sido recomendado com o objetivo de identificar todos os portadores da síndrome.


Os pacientes obesos com AOS têm o risco de sofrer complicações respiratórias. O aumento da massa corpórea resulta no aumento do consumo de oxigênio e da produção de dióxido de carbono, o que resulta em complicações respiratórias agudas pós-operatórias duas vezes mais frequentes nos obesos do que nos não obesos. Dados da literatura médica mostram que a presença da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono é extremamente prevalente em homens de meia idade.