O câncer de mama será o assunto principal da audiência pública marcada para segunda-feira, 26, às 9 horas, no Centro Cultural da Câmara de Salvador, por iniciativa da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), em parceria com Téo Sena (PSC).

A doença virou uma grande preocupação das autoridades de saúde, com quase 2 mil casos registrados na Bahia (cerca de 760 em Salvador), em 2010, e os edis desejam ampliar o debate para encontrar mecanismos de combate e prevenção do mal, que continua matando e deixando sequelas nas mulheres.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) contabilizou no ano passado mais de 49 mil ocorrências no país, sendo 8.270 no Nordeste, 1.350 no Norte, 2.640 no Centro-Oeste, 9.310 no Sul e 27.620 no Sudeste.

O levantamento feito pelo Ministério da Saúde entre janeiro de 2010 e junho de 2011, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), mostra que mais de um milhão de mulheres baianas com 50 a 69 anos de idade foram incluídas no grupo de risco do câncer de mama.

Apesar disso, pouco mais de 130 mil exames realizados. Salvador tem mais de 200 mil mulheres nesse grupo e apenas 40 mil exames. Em termos de diagnóstico significa atender somente 13,25% das necessidades do Estado e 19,18% em Salvador, pois dos 261 mamógrafos registrados (92 na capital) no Centro Nacional de Estabelecimentos Públicos (CNES) nove não funcionam.

O câncer de mama é o segundo que mais atinge as mulheres brasileiras. O de pele liderou, com 60.440, em 2010, seguido pelo de colo do útero (18.430) e do cólon e reto (14.800).