Ney Silva
"A crise no setor de saúde pública na cidade de Feira de Santana é motivada pela falta de planejamento e gerenciamento. Tudo isso que está acontecendo já era por se esperar". A afirmação é do médico Eduardo Leite, ex-diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Ele disse que a direção de um hospital como o HGCA não é culpada pela situação a não ser por conivência em aceitar trabalhar em situação inadequada. "Até a própria classe médica também tem culpa porque um profissional que não tem condições mínimas de trabalho também é conivente e deveria protestar pedindo até demissão", afirmou Eduardo.
No caso específico do Clériston Andrade, o doutor Eduardo Leite diz que um dos problemas do hospital é a variação de salários. Segundo ele, há médicos contratados pelo Reda que ganham menos que um de cooperativa, disse.
Diretor do hospital no período de 29 de junho de 2007 a 15 de julho de 2008, Eduardo
Leite ingressou com uma ação no Ministério Público Estadual pedindo que projetos elaborados na gestão dele fossem executados.
Ele informou que o hospital cresceu em números, mas não em funcionalidade e só tem quatro salas de cirurgias. Além disso, explica Eduardo Leite, o Centro de Observação Anestésica não está em operação por falta de profissionais. "São obras de fachada. Enganosas. É isso que eu chamo de corrupção administrativa", afirma. (ACORDA CIDADE)