A mãe que teve uma filha concebida por inseminação artificial, sem a autorização escrita do pai já morto, vai deixar a maternidade nesta quarta-feira (22), em Curitiba. Segundo Kátia Lernerneier, a partir de agora com o nascimento da Luisa Roberta "será um novo recomeço". A professora contou que, apesar da saudade que a família sente, o bebê trouxe novas alegrias.
"Ela é o nossa maravilha, os traços são muito parecidos com os do pai e isso só nos deixa ainda mais contentes, afinal, é a lembrança dele ainda mais forte", afirmou.
Kátia explicou que o recomeço vai além do fato de Luisa Roberta ser a primeira filha. "Ela é de uma pessoa com quem eu vivi oito anos com muito amor e com quem eu era feliz". A mãe finalizou dizendo que nunca vai esconder a história da fertilização para a filha e que, com certeza é um exemplo superação. "Eu que passei pela morte dolorosa do meu marido, sei o quanto é importante darmos valor à vida".
Kátia precisou recorrer à Justiça para conseguir engravidar porque após a morte do marido não tinha uma autorização escrita dele para dar continuidade ao procedimento de inseminação artificial.
O casal chegou a perder um bebê, durante uma gravidez e juntos, decidiram guardar o sêmen em uma clínica, a -200°C. Pouco tempo depois, ele morreu aos 33 anos. Em 2010, o caso foi aprovado pela Justiça e Kátia engravidou em setembro.