O mercado de procedimentos estéticos no mundo tem crescido de 8 a 10% ao ano, nos três últimos anos. Cirurgiões plásticos fazem hoje mais procedimentos não invasivos, como aplicações de Botox, colágeno e ácido hialurônico, que cirurgias estéticas propriamente ditas. No Brasil, foram realizadas 1,05 milhão de cirurgias plásticas em 2009. No mesmo período, os procedimentos cosméticos não cirúrgicos realizados por cirurgiões plásticos somaram 1,42 milhão.
Desenvolvido e fabricado pelo laboratório Merz Pharmaceuticals, na Alemanha, Xeomin é a única toxina botulínica tipo A livre de complexos protéicos do mercado. Lançado na Europa em 2005, o produto se fortalece no mercado, em concorrência direta com o Botox. E os baianos já podem encontrar mais esta opção na Clínica Osmilto Brandão.
Os dados apresentados são de uma pesquisa realizada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) com cirurgiões plásticos credenciados pelas sociedades de cirurgia plástica de seus países. O levantamento aponta que o Brasil é o terceiro país em número de cirurgias plásticas realizadas no mundo, atrás somente de Estados Unidos (1,3 milhão) e China (1,2 milhão). Entre 2008 e 2009, o mercado brasileiro cresceu 15,5% e ,no último ano, movimentou aproximadamente R$200 milhões, importando, em média, 270 mil unidades de toxina botulínica tipo A.
A vantagem do Xeomin
O tempo de duração de uma aplicação de Xeomin varia de três a seis meses e, ao contrário das outras toxinas botulínicas existentes no mercado, seu efeito não diminui com o uso contínuo. Sem os complexos protéicos, os riscos de formação de anticorpos neutralizantes são mínimos. O uso de Xeomin em mais de 70 mil pacientes confirma seu perfil de eficácia e segurança. O medicamento é bem tolerado, tem baixa incidência de eventos adversos sérios e nenhum caso de paciente que tenha desenvolvido anticorpos neutralizantes.
Uma das particularidades do Xeomin está na composição. Livre dos complexos proteicos existentes nas outras marcas, a nova substância acena com a promessa de evitar que o efeito diminua com o uso contínuo. "Sem esse invólucro de proteínas, a chance de se formarem anticorpos neutralizantes é mínima", explica i dermatologista Osmilto Brandão. Isso significa que não há o risco de, com seguidas aplicações, o músculo ficar viciado, ou seja, oferecer resistência à toxina, interferindo no resultado.
A nova substância tem uma vantagem em relação às rivais: A paralisia do músculo com o Xeomin começa 24 horas após a aplicação, enquanto as outras toxinas costumam demorar até três dias. Ele é indicado a partir dos 35 anos ou ao surgirem os primeiros sinais de envelhecimento. Há restrições de uso para gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz. E não é recomendável associar o Xeomin a outras toxinas.