Saúde

SAÚDE ESTÁ NA PONTA DO DESAFIO DA DÉCADA DIZ DIRETOR DO SÍRIO LIBANÊS

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| 30/04/2011 às 12:01
Gonzalo Vecina diz no Meeting Saúde que câncer não respeita verticalização de hospitais
Foto: BJÁ
  Durante encontro do II Meeting de Saúde da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Santa Izabel, que está sendo realizado neste final de semana em Costa de Sauípe, Bahia, Gonzalo Vecina Neto, diretor do Hospital Sirio Libanês, SP, afirmou que os grandes hospitais brasileiros são verticalizados e o câncer, uma das doenças mais recorrentes da atualidade, "não aceita esse tipo de verticalização".

  Vecina, que falou sobre "Posicionamento Estratégico em Hospital de Alta Complexidade" e fez uma abordagem geral sobre as megatendências da sociedade atual, no Brasil, disse que a área de saúde tem um imenso desafio pela frente, não pode perder o bonde da história como aconteceu com a década perdida brasileira no setor energético/petróleo nos anos 1980, e muita coisa tem que ser feita, tudo com planejamento e resultados.

  "A área de saúde está na ponta do desafio nesta década que se inicio, recentemente, com forte urbanização no país", segundo Vecina com demandas a cada dia maiores e exigências da sociedade. Hoje, 85% dos cidadãos brasileiros moram em cidades e se tornaram consumidores sempre a exigir mais serviços e o segmento saúde está na ponta desse processo.

  "A demanda tem sido cada vez maior em cardiologia, em oncologia, num complexo número de doenças e nós temos que estar preparados para isso se quisermos ter êxito em nossos negócios", frisa Vecina situando que há um bônus demográfico, as famílias estão sendo concebidas menores, a população está envelhecendo, se escolarizando mais, e o grau de exigência das pessoas cresce a cada momento.

  MEGATENDÊNCIAS

  Entre as megatendências citadas pelo diretor do Sírio está a aassociação entre comunicação/web (TI - Tecnologia da Informação) e educação. Há um empenho de 70 mihões de brasileiros nesse conjunto na opinião de Vecina formatando a "criação de cidadãos com direitos a consumir".

 Uma outra megatendência é o aumento das forças produtivas/produtividade, com investimentos em gestão na melhoria da produtividade.

   Mais duas complementares são o desafio de respeitar o meio ambiente, "que não é mais somente coisa dos verdes (PV) e sim de toda sociedade em respeitar o planeta em que vivemos"; e a mudança do papel do estado que "tem que se afastar do fazer, pois, o estado patromonialista é incompetente no fazer e tem outras funções".

  CAMINHOS PARA A SAÚDE

  Entre os caminhos apontados por Vecina para o segmento saúde estão a capacidade de identificar os problemas para encontrar as soluções adequadas; planejar bem porque o mundo encontra-se "em altíssimo dinamismo e não dá pra fazer nada sem pensar, sem planejar"; descentralizar os controles dos procedimentos com participações de decisões conjuntas, bem discutidas; desenvolvimento contínuo de pessoas através de mais conhecimento; reconhecimento dos profissionais da área da saúde; negociar sempre (fundamental negociar); e fazer procedimentos com resultados (nada se faz sem resultados).