Saúde

COLEGIADO AMPLIADO MARCA FECHAMENTO DE GESTÃO NO ROBERTO SANTOS

Vide
| 01/02/2011 às 01:19
Reunião do Colegiado lotou o auditório do HGRS
Foto: Adenilson Nunes / AGECOM
Um auditório lotado acompanhou, nesta segunda (31), a reunião do Colegiado do Hospital Geral Roberto Santos, do qual participam diretores e coordenadores do hospital. Desta vez, profissionais das mais diversas categorias e setores acompanharam a reunião, que foi atípica por marcar o fechamento da gestão do diretor Paulo José Bastos Barbosa à frente do HGRS, cargo que exercia desde dezembro de 2008. Ele será substituído por Paulo Sérgio Bicalho, diretor do Hospital Manoel Victorino, que toma posse na próxima quinta-feira, dia 3, às 9 horas.
 
A gestão colegiada, de construção coletiva, foi, desde o início, um dos princípios de Paulo Barbosa na condução do HGRS, como ele salientou em sua mensagem de despedida. Barbosa agradeceu a todos as contribuições para os avanços registrados durante sua gestão, e ressaltou o papel do HGRS na saúde pública. "Não se pode pensar a assistência pública em saúde na Bahia sem colocar o Hospital Roberto Santos como instituição principal", afirmou.
 
Reconhecendo que ainda há muito a fazer, uma vez que o hospital convive ainda com inconformidades no seu dia-a-dia, Paulo Barbosa destacou que houve avanços em vários aspectos e que acredita não haver outro caminho para a gestão fora das instâncias colegiadas, privilegiando-se o diálogo, a escuta, o respeito e a valorização dos profissionais. Ele também fez um resumo das diretrizes adotadas em sua gestão e apresentou o novo diretor Administrativo, José Saturnino Rodrigues, com quem trabalhou no Hospital Santa Izabel. Paulo Bicalho não pode comparecer, em função de compromisso assumido no Hospital Manoel Victorino.
 
Perspectiva histórica
 
Apesar das muitas iniciativas na organização do trabalho, com a adoção de novo modelo de assistência e de estruturação dos serviços, Paulo Barbosa revelou que deixa o HGRS com "a sensação de que faltou algo, e esse algo diz respeito à Emergência", setor cuja principal dificuldade foi a de não conseguir reter os profissionais. "É preciso, mais uma vez, repensar a Emergência, e não dá para avançar sem discutir o modo de vincular profissionais", disse, lembrando este é um desafio para Emergências de toda a rede pública, além das Emergências dos hospitais particulares.
 
Discorrendo sobre sua formação e experiência em gestão hospitalar, José Rodrigues se disse consciente do desafio que é um hospital do porte do Roberto Santos, que já percorreu "do 4º andar às caldeiras", mas acredita em uma gestão exitosa ao lado de Paulo Bicalho, que definiu como "pessoa simples, de diálogo". A única fala, além dos dois gestores, foi do diretor Médico, Miguel Andrade Mota, que apontou a gestão colegiada como o principal legado de Paulo Barbosa. Fechando sua participação, Paulo Barbosa deixou uma mensagem de otimismo. Segundo ele, "devemos olhar a vida em perspectiva histórica e caminhar na direção do hospital que desejamos".