Saúde

SEDENTARISMO E MÁ ALIMENTAÇÃO SÃO AMEAÇAS À SAÚDE DO FÍGADO

Veja
| 24/01/2011 às 16:17
 Pessoas com maus hábitos alimentares e obesas devem ficar atentas com a esteatose hepática, - acúmulo de gorduras no fígado. Com o grande apelo para as refeições conhecidas como fast food, é hora dos pais ligarem o sinal de alerta contra o aumenta do mal entre crianças e adolescentes.
          A situação se agrava durante as férias escolares, época em que manter a alimentação saudável das crianças é uma árdua tarefa. Sem horários rígidos e com foco no descanso e na brincadeira é quase impossível manter os pequenos longe das guloseimas.
       Os alimentos fast food podem ser nocivos se exageradamente consumidos. São habitualmente  muitos calóricos  e não geram saciedade.  Assim, com alta caloria, e o indivíduo repetindo sucessivamente, acaba, caindo na obesidade.
      O presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Drº Raymundo Paraná explica que todo alimento depois de digerido cai na corrente sanguínea e passa pelo fígado. Nesse momento o órgão funciona como um laboratório selecionando o que for aproveitável daquilo que deverá ser eliminado do organismo. O problema é quando ocorre um consumo excessivo de calorias levando ao aumento de peso corporal, sobretudo a gordura localizada no abdômen. Este fenômeno causa alterações metabólicas que induzem o fígado a armazenar gordura.         No Brasil a tendência é crescente entre crianças e jovens serem surpreendidos com um fígado cheio de gordura. Drº Paraná diz que o diagnóstico tem aumentado na faixa etária justamente por causa do aumento da alimentação fast food e outros industrializados, além do sedentarismo. "É a geração do computador e do vídeo game, diz o especialista . Tudo isso leva à obesidade cada vez mais precoce e essa obesidade, por sua vez, leva à esteatose (gordura no fígado). A esteato-hepatite não controlada pode evoluir para cirrose e câncer de fígado silenciosamente, através de uma doença chamada esteato hepatite não alcoólica, doença essa muito parecida com a doença do fígado induzida pelo alcool.
       A maioria das doenças hepáticas tem hoje tratamento direcionado à sua causa. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece este tratamento nos seus Centros de Referência. A dificuldade de acesso ao tratamento se deve aos poucos sintomas causados pelas doenças hepáticas nas suas fases iniciais, fato que leva a dificuldade de diagnóstico ou mesmo a negligência do paciente após o diagnóstico.
       Drº Raymundo Paraná ressalta que o melhor a fazer é prezar por uma dieta saudável e principalmente realizar bastante atividade física, pois estas evitam a obesidade e síndrome metabólica (obesidade e alterações de glicemia e colesterol), fato que se reverte positivamente na prevenção da esteatose hepática não alcoólica.