Os dados fazem parte da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (MAS) 2009 divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e feita em parceria com o Ministério da Saúde. A pesquisa traça o perfil da oferta de serviços de saúde no país, a partir da investigação dos estabelecimentos públicos e privados do setor, com ou sem internação.
De acordo com o levantamento, as regiões mais desprovidas de leitos em relação à população continuam sendo a Norte (1,8 por mil habitantes) e a Nordeste (2,0). Nelas, conforme destacam os técnicos do IBGE, embora tenha ocorrido aumento na oferta de leitos públicos no período, que representam mais de 50% dos disponíveis para internação, esse número não foi suficiente para compensar a diminuição dos leitos privados e o aumento populacional.
Em todo o país, houve aumento de 0,6% no número de leitos públicos (3.926 a mais). A oferta foi ampliada em todas as regiões com exceção da Sul, que apresentou redução de 0,7% (398 leitos a menos).
Ainda segundo a pesquisa, caiu 12,2% o número de leitos privados disponíveis ao Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as regiões, a Nordeste foi a que apresentou a maior queda, de 23,0%, seguida da Região Centro-Oeste (-16,9%).
Na média do país, havia 1,6 leito disponível ao SUS para cada mil habitantes. Entre as regiões, a menor proporção foi verificada no Nordeste, com 1,5; e a maior, no Sul, com 1,9, todas abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde.
Os leitos privados respondem por 64,6% do total do país e os públicos, 35,4%.
Ainda de acordo com o levantamento, entre 2005 e 2008, o número de internações no país registrou queda de 0,2%. Do total de quase 23,2 milhões de internações realizadas, 15 milhões foram no setor privado.