O Serviço de Biomagem do Hospital Santa Izabel (HSI), um dos mais utilizados pela população baiana, está ganhando o reforço de um moderno aparelho de ressonância magnética, que permite a elaboração da imagem do órgão analisado com mais rapidez e precisão. A inauguração do novo aparelho, que estará à disposição de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), associados a convênios e particulares está marcada para quarta-feira (22), às 11 horas.
Com essa aquisição, o hospital amplia a oferta de exames de diagnóstico por imagem, assegurando ao paciente mais agilidade e um atendimento ainda mais qualificado.
O provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, José Antonio Rodrigues Alves, afirma que o novo equipamento fornecerá ao profissional médico subsídios para uma resposta mais rápida ao tratamento do paciente. "Nosso foco é sempre ampliar a resolutividade da assistência e o bem estar do paciente, ofertando-lhe o que há de mais moderno em termos tecnologia e humanização no atendimento", diz o provedor.
A complexidade do equipamento adquirido pela Santa casa de Misericórdia da Bahia - num investimento superior a R$ 1,5 milhão - é destacada pelo médico Paulo Henrique Muccini, chefe do Serviço de Bioimagem do Santa Izabel. "Ele é um dos poucos do estado a realizar procedimentos em cardiologia infantil", confirma a cirurgiã cardíaca Nadia Kraychette. Para isso, o hospital montou um serviço de anestesia adequado aos pacientes infantis que serão submetidos à ressonância.
Método seguro
O médico radiologista José Rocha explica que o exame da ressonância magnética é um método de diagnóstico que permite retratar imagens de alta definição dos órgãos do corpo de forma absolutamente segura. Ele funciona da seguinte maneira: o paciente é colocado em um aparelho que apresenta características de um imã. Esse campo magnético interage com o elemento hidrogênio da água, que está presente em todos os tecidos do corpo.
Assim, o médico consegue obter uma imagem de qualquer parte do organismo.
Outro aspecto positivo em relação à segurança do paciente diz respeito à utilização de substância contrastante para a realização do exame. "Além de ser menos necessária na ressonância, o contraste que utilizamos no exame é diferente do iodado, utilizado na tomografia. O contraste causa menos reação alérgica e não é nefrotóxico, ou seja, não causa danos aos rins", afirma José Rocha.
O exame de ressonância é, na maioria das situações clínicas, o mais indicado para a investigação de casos neurológicos, cardiológicos, abdominais, pélvicos, retais, entre outros. Localiza e avalia, por exemplo, aneurismas, tumores, lesões hepáticas e pancreáticas. Segundo José Rocha, "trata-se de um método muito completo. A cada dia que passa, surgem novas utilidades para a ressonância no diagnóstico", completou o profissional médico.
Pacientes do SUS serão especialmente beneficiados com o novo serviço. Há uma cota para que um número determinado de exames seja destinado a essa clientela. Até junho deste ano, mais de 62 mil exames já foram realizados no setor de Bioimagem do Hospital Santa Izabel.