Saúde

CAMPEÕES MUNDIAIS ENTRAM NA LUTA PARA ALERTAR DOS RISCOS DA HEPATITE C

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| 28/07/2010 às 13:10

A campanha nacional de combate à Hepatite C, promovida pela Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e pela Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP) conta com a presença do presidente da SBH, Dr. Raymundo Paraná e ganhou reforço de peso com as participações dos tricampeões mundiais Jairzinho, Félix e Paulo César Caju. O encontro consta na pauta de programação do evento alusivo ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais que será realizado pelo Ministério da Saúde, HOJE (28).

A decisão da SBH e FAAP de iniciar a campanha de alerta direcionada aos ex-atletas partiu dos dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde, que reconhece haver no mundo 300 milhões de portadores do vírus da hepatite B e 200 milhões do vírus da Hepatite C. A doença evolui silenciosamente por 2 a 4 décadas e lota os ambulatórios de Hepatologia, sendo responsável por cerca de 60% dos transplantes de fígado no país. Apesar dos números alarmantes, poucos brasileiros alcançam a rede de saúde para tratar a doença. Contudo, a Hepatite C tem cura e controle se tratada a tempo.

Entendendo a importância do alerta à população em geral e, em especial, aos ex-atletas do futebol, os tricampeões mundiais fizeram questão de participar da campanha. "No Brasil temos uma peculiaridade. Há poucos usuários de drogas venosas ilícitas dentre os pacientes portadores da Hepatite C, porém nos homens com idade superior a 45 anos predomina como fonte de contaminação o uso medicamentos lícitos por via venosa", afirma o Dr. Raymundo Paraná. "Esta era uma prática comum no passado entre atletas, principalmente jogadores profissionais de futebol, que recorriam frequentemente à aplicação de vitaminas por via venosa, mas utilizavam seringa de vidro, cuja  esterilização era insuficiente para eliminar o vírus", conclui.

Por ocasião do evento no Ministério da Saúde, o ministro José Gomes Temporão apresentará compromissos e ações integradas de prevenção e controle nos níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento das hepatites virais no Brasil no período de 2010 a 2012.