O Congresso Hepatologia do Milênio, evento de educação médica continuada realizado anualmente em Salvador pela Sociedade Brasileira de Hepatologia - SBH, reuniu entre os dias 14 e 17 de julho diversos especialistas em hepatologias de países como França, Turquia, Alemanha, Estados Unidos e Espanha. Durante o Congresso, foi inaugurada também a Rede Delta Amazônica de Hepatologia, uma iniciativa da SBH que busca reunir dados de pacientes com hepatites B e delta na Região Amazônica, Norte e Nordeste brasileiro.
Para lançar a Rede, a Sociedade Brasileira de Hepatologia investiu na distribuição de 35 notebooks para monitorar os casos de hepatite B e de hepatite delta no Brasil, de acordo com as novas diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde. Tais diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde foram uma grande conquista, não só porque incorporam medicamentos novos para o tratamento da hepatite B, como também incluem a hepatite delta nas estatísticas do Ministério.
Os computadores portáteis foram distribuídos a médicos que atuam através do sistema público de saúde nas áreas mais endêmicas das doenças no Brasil, como os estados de Roraima, Acre, Mato Grosso e Amazonas. Os equipamentos foram disponibilizados com um software de fácil manuseio com o propósito de que sejam catalogados todos os pacientes que são tratados para hepatite B e delta. Este software permitirá não só incluir os pacientes como também descrever efeitos adversos de medicamentos, assim como desfecho final do tratamento.
O banco de dados será de extrema valia para que a Sociedade Brasileira de Hepatologia tenha argumentos para modificar ou atualizar as Portarias para hepatite B e Delta. Outro ponto positivo se dá no sentido de avaliar a dimensão de alguns problemas no Sistema Público de Saúde no Brasil, principalmente a questão do manejo de efeitos adversos de medicamentos e da resistência medicamentos.