O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, 57 anos, morreu às 20h50 deste sábado vítima de um infarto do miocárdio, segundo nota assinada pela assessoria de imprensa e publicada no site da secretaria.
Conforme a nota, o médico sanitarista, um dos fundadores do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) sentiu-se mal em casa e deu entrada no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia por volta de 19h já com parada cardíaca. Ele foi imediatamente atendido pela equipe médica, que iniciou as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.
Paralelamente, de acordo com a secretária, Barradas foi submetido a um procedimento de cinecoronariografia (cateterismo de urgência), quando foi constatada obstrução completa do tronco coronário principal. O secretário não respondeu aos procedimentos e morreu às 22h50.
O velório será realizado neste domingo, na Santa Casa de São Paulo, no salão nobre da Provedoria
Trajetória
Barradas é médico formado pela Santa Casa de São Paulo em 1976. Segundo o site da secretaria de Saúde, em 1978, ele se especializou em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Possui especialização em Administração de Serviços de Saúde e Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Ocupou cargo de assessor dos ex-ministros de Saúde Adib Jatene e José Serra, foi chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo na gestão do ex-prefeito Mário Covas e secretário secretário adjunto de saúde no governo Covas/Alckmin. Assumiu a Secretaria Estadual de Saúde em janeiro de 2003.
Trabalho
Sob seu comando, como secretário e secretário-adjunto, a secretaria estadual de Saúde entregou 31 novos hospitais e implantou o modelo de Organizações Sociais de Saúde para gerenciamento de unidades públicas de saúde, de acordo com a nota. Barradas foi o idealizador da lei anti-fumo.
O comunicado ainda destaca a criação do programa Dose Certa para distribuição gratuita de medicamentos básicos à população, a construção do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, a estrega de duas novas fábricas de remédios, entre outros.
Nota na íntegra
Abaixo, a íntegra da nota divulgada pela assesoria de imprensa da secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Ele sentiu-se mal em casa e deu entrada no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia por volta de 19h já com parada cardíaca. Foi imediatamente atendido pela equipe médica, que iniciou as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.
Paralemente, o secretário foi submetido a um procedimento de cinecoronariografia (cateterismo de urgência), quando foi constatada obstrução completa do tronco coronário principal. Apesar de todos os esforços realizados, o secretário não respondeu aos procedimentos e faleceu.
Sob seu comando, como secretário e secretário-adjunto, a Secretaria de Estado da Saúde entregou 31 novos hospitais, implantou o modelo de Organizações Sociais de Saúde para gerenciamento de unidades públicas de saúde, criou o programa Dose Certa para distribuição gratuita de medicamentos básicos à população, construiu o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, entregou duas novas fábricas de remédios, construiu uma fábrica de vacinas, idealizou e entregou os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), realizou mutirões de consultas e exames, criou Centros de Referência do Idoso, construiu o primeiro hospital público de transplantes do Brasil, idealizou a lei anti-fumo, humanizou o atendimento nos hospitais e reorganizou a rede de atendimento no Estado de São Paulo, entre outras iniciativas.
O velório será realizado neste domingo na Santa Casa de São Paulo, no salão nobre da Provedoria.