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Representantes do Santander, AMIL, ASHEB, ANS, Prefeitura SSA, Santa Casa e UERJ
Foto: BJÁ
Miudinhas globais:
1. Foi um pinga-fogo os debates finais do Meeting da Saúde da Santa Casa de Misericórdia em Praia do Forte, sobretudo diante da fala da doutora Lígia Bahia, a qual, de forma muito franca criticou os planos de saúde no Brasil, especialmente a AMIL, outras intenções empresariais nesse campo, e situou que o tratamento que o setor público dá a pesquisadores, professores e profissionais de saúde é de baixa remuneração.
2. Numa mesa eclética coordenada pelo provedor da Santa Casa, José Antonio Rodrigues Alves, e com a presença do secretário de Saúde de Salvador, José Carlos Brito; Marcelo Brito, da AHSEB; Carlos Eduardo Figueiredo, da ANS; e representantes do meio empresarial do Santander (Sérgio Gonçalves) e AMIL (Cláudio Tafla) as observações da pesquisadora Lígia Bahia foram analisadas e comentadas por todos.
3. Um dos pontos mais polêmicos foi quando a pesquisadora disse que é fácil atuar no mercado de planos de saúde pendurado no estado. Ou seja, as empresas usam duas moedas nesse campo. Atuam em determinados procedimentos como "independentes" e noutras agregadas ao Estado que é quem paga a conta na alta complexidade.
4. O secretário de Saúde de Salvador, José Carlos Brito, defendeu um reforço no atendimento primário e o Plano de Cargos e Salários que está implementando no município. Segundo Carlos Brito, sem isso, não é possível avançar no atendimento público.
5. José Carlos Brito situou que estão desaparecendo os médicos pediatras, ortopedistas e outros no serviço público por carência de pessoal.
5. Marcelo Brito, da AHSEB, comentou que, um dos problemas da falta de médicos no serviço público, é porque estado e prefeitura pagam mal a profissionais.
6. O provedor da Santa Casa, José Antonio, arguiu que a atenção básica tem que ser mais resolutiva e que é preciso bom senso de todos.
7. Cláudio, da AMIL, disse que não se pode apostar na teoria do caos e empresas prestadoras de serviços no segmento saúde que não fizerem contas bem feitas, estudos, pesquisas e análises quebram. E que a AMIL faz o melhor que pode.
8. Resposta da doutora Lígia: - Não dá pra fazer marketing numa platéia tão qualificada como esta. Seu plano não tem qualidade e todo mundo sabe disso.
9. Teve uma médica que revelou trabalhar em cirurgias em 10 hospitais.
10. O secretário de Saúde de Salvador afirmou: - Para se marcar uma consulta com um endocrinologista em determinados planos na Bahia a espera é de 3 meses. Aí ele se desespera e procura o SUS que é a porta onde muita gente bate.
11. E disse mais: - O meio político atrapalha a gestão. O nosso plano encaminhado para a Câmara de Vereadores acaba com isso.
12. Em resumo, o provedor da Santa Casa saiu satisfeito do encontro e dos debates e pontuou para o BJÁ 4 pontos que considera fundamentais: 1) regulamentação mais eficiente; 2) Busca de ampliação de financiamentos; 3) Diminuir as desigualdades regionais; 4) Expansão das atividades primárias.
13. O que ficou do debate para a doutora Lígia é que, tanto quem estava na mesa, quanto na platéia têm conhecimentos sobre o assuntos e os debates devem continuar, para resolver e para conscientizar.
14. A platéia interagiu bastante e o debate se prolongou até 14h15min quando deveria ser concluido às 13h15min.