Saúde

CIRURGIA MÍNIMA INVASI VA TRAZ AVANÇOS NO TRATAMENTO CÂNCER ESÔFAGO

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| 03/04/2010 às 18:14
        A realização de procedimentos cirúrgicos através do uso do uso das microcâmeras de vídeo revolucionou a medicina em todo o mundo. Atualmente, com a cirurgia videolaparoscópica, considerada cirurgia minimamente invasiva, os cortes são cada vez menores, assim como os riscos de infecção e de complicações e o tempo de recuperação do paciente.
 
A Cirurgia Videolaparoscópica no Câncer de Esôfago foi um dos temas abordados do 4º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer Gastrointestinal, que aconteceu no Tivoli Ecoresort Praia do Forte, no final de março. Quem falou sobre o assunto foi acirurgiã torácica Paula Ugalde. O evento, promovido pelo Núcleo de Oncologia da Bahia, aconteceu simultaneamente com o 5º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer de Mama.          

Segundo estimativa do INCA, devem surgir 10.630 novos casos de câncer de esôfago no país em 2010, dos quais 7.890 em homens e 2.740 em mulheres. O câncer de esôfago (canal que liga a garganta ao estômago) figura entre os dez mais incidentes (6º entre os homens e 9º entre as mulheres).
          

esofagectomia ou remoção do esôfago por vídeo trouxe um grande beneficio na recuperação pós-operatório e na qualidade de vida dos pacientes. Na cirurgia convencional os grandes cortes tanto no tórax quanto no abdome, fazem com que a morbidade cirúrgica aumente muito. O paciente fica mais restrito ao leito,  a dor é mais intensa e a respiração fica mais comprometida. Com isso, o retorno às atividades diárias é lento e a continuidade do tratamento do câncer de esôfago fica comprometida, pois o tratamento é retardado já que o paciente não tem condições de receber quimio ou radioterapia.     

 A técnica minimamente invasiva é realizada por meio de pequenas incisões, que resultam em mínima agressão tecidual. Os cirurgiões podem abordar com segurança quase todas as partes do corpo humano com auxilio de câmeras e monitores de vídeo e realizar exatamente a mesma cirurgia que se realiza pela via aberta convencional. Como o trauma à pele e aos músculos é reduzido, o paciente apresenta menos dor no período pós-operatório e retorna às atividades mais rapidamente. Outra vantagem é o menor índice de infecção, devido à menor exposição dos tecidos, manobras mais delicadas e menor tempo de permanência hospitalar.      Em relação à cirurgia do aparelho digestivo, um grande número de doenças têm sido tratadas preferencialmente por videolaparoscopia, como o câncer do esôfago e estômago, tumores de intestino delgado e grosso, entre outras.