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A realização de procedimentos cirúrgicos através do uso do uso das microcâmeras de vídeo revolucionou a medicina em todo o mundo. Atualmente, com a cirurgia videolaparoscópica, considerada cirurgia minimamente invasiva, os cortes são cada vez menores, assim como os riscos de infecção e de complicações e o tempo de recuperação do paciente.
A Cirurgia Videolaparoscópica no Câncer de Esôfago foi um dos temas abordados do 4º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer Gastrointestinal
, que aconteceu
no Tivoli Ecoresort Praia do Forte, no final de março. Quem falou sobre o assunto foi acirurgiã torácica Paula Ugalde. O evento, promovido pelo Núcleo de Oncologia da Bahia, aconteceu simultaneamente com o 5º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer de Mama.
Segundo estimativa do INCA, devem surgir 10.630 novos casos de câncer de esôfago no país em 2010, dos quais 7.890 em homens e 2.740 em mulheres. O câncer de esôfago (canal que liga a garganta ao estômago) figura entre os dez mais incidentes (6º entre os homens e 9º entre as mulheres). esofagectomia ou remoção do esôfago por vídeo trouxe um grande beneficio na recuperação pós-operatório e na qualidade de vida dos pacientes. Na cirurgia convencional os grandes cortes tanto no tórax quanto no abdome, fazem com que a morbidade cirúrgica aumente muito. O paciente fica mais restrito ao leito, a dor é mais intensa e a respiração fica mais comprometida. Com isso, o retorno às atividades diárias é lento e a continuidade do tratamento do câncer de esôfago fica comprometida, pois o tratamento é retardado já que o paciente não tem condições de receber quimio ou radioterapia.
A técnica minimamente invasiva é realizada por meio de pequenas incisões, que resultam em mínima agressão tecidual. Os cirurgiões podem abordar com segurança quase todas as partes do corpo humano com auxilio de câmeras e monitores de vídeo e realizar exatamente a mesma cirurgia que se realiza pela via aberta convencional. Como o trauma à pele e aos músculos é reduzido, o paciente apresenta menos dor no período pós-operatório e retorna às atividades mais rapidamente. Outra vantagem é o menor índice de infecção, devido à menor exposição dos tecidos, manobras mais delicadas e menor tempo de permanência hospitalar. Em relação à cirurgia do aparelho digestivo, um grande número de doenças têm sido tratadas preferencialmente por videolaparoscopia, como o câncer do esôfago e estômago, tumores de intestino delgado e grosso, entre outras.