Moradores revoltados com o crime foram à delegacia de Ibotirama, nesta quinta-feira (17), mas não tiveram acesso aos presos. Por segurança, o padrasto do menino já havia sido transferido para uma cidade não revelada pela polícia.
Em depoimento, segundo a polícia, o suspeito contou que comprava as agulhas e as entregava a uma mulher, que ele diz ser amante dele. Ele afirmou ainda que a mulher levava o material para ser benzido por uma religiosa. Ela teria sugerido o ritual.
Segundo a polícia, o suspeito disse que levava o garoto para a casa da amante, onde o ritual era praticado quando os filhos e os netos dela não estavam em casa. Eles faziam o menino beber água e espetavam as agulhas no corpo da criança. O padrasto teria dito à polícia que o ritual foi praticado várias vezes, durante um mês.
"Ele fez com o objetivo de matar a criança como forma de vingança, pelo fato de brigar muito com a companheira, que é mãe da criança", afirma o delegado Helder Santos.
Segundo o delegado, a amante teria participado com o objetivo de ficar com o suspeito. Ela e a religiosa negam envolvimento no crime.
A história assustou a cidade de 26 mil habitantes às margens do Rio São Francisco. O caso teve repercussões até no exterior. Emissoras de TV e sites americanos divulgaram o caso nesta quinta-feira.
Estado de saúde
O estado de saúde do menino ainda é considerado grave. A equipe médica de Barreiras decidiu transferir a criança para um hospital de Salvador, referência em tratamentos cardíacos.
Um exame revelou nesta quinta-feira que uma agulha atingiu o coração e provocou uma infecção. O menino está tomando antibióticos e os médicos vão acompanhar o quadro clínico durante dois dias. Somente depois desse período vão decidir sobre uma possível cirurgia.