A anemia falciforme é a doença genética mais freqüente no Brasil.
Na Bahia, a cada 650 crianças uma nasce com a enfermidade.
Diagnosticar precocemente a doença falciforme, prestar assistência integral, descentralizada e de qualidade às pessoas com a enfermidade e realizar ações educativas é fundamental para garantir qualidade de vida aos portadores.
Segundo dados do PAPDF (Programa de Atenção aos Portadores de Doença Falciforme), inaugurado em 2005 na Secretaria Municipal da Saúde, através do teste do pezinho 237 casos foram diagnosticados na capital baiana, no período de 2001 a 2007.
Estudos mostram que 25% das crianças sem acompanhamento morrem antes de completar cinco anos. O tratamento é decisivo na redução do alto índice de mortalidade, e na melhoria da qualidade de vida. Os medicamentos são distribuídos na rede municipal de saúde mas, infelizmente, não sabe-se ao certo qual o contingente de portadores da doença por falta de dados estatísticos confiáveis, o que dificulta um enfrentamento mais eficiente do problema, que segundo estudos recentemente desenvolvidos confirmaram a alta morbidade na população jovem e revelaram predominância de óbitos entre adultos jovens.
Em face dessa realidade, a 1ª Audiência Pública de Saúde da Comunidade Negra - com Ênfase na Anemia Falciforme, uma iniciativa do Deputado Federal Márcio Marinho, com o apoio da Secretaria Municipal da Reparação e Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia, no próximo dia 6, em Salvador, tem como objetivo criar um fórum específico para as discussões concernentes às dificuldades enfrentadas pelos portadores da Doença Falciforme para tornar viáveis as discussões em torno de questões e reivindicações que gerem um resultado positivo para os portadores da doença e para o conjunto da sociedade.