Saúde

BAHIA FORNECE GRATUITAMENTE MEDICAMENTO TRATAMENTO OSTEOPOROSE

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| 05/08/2009 às 00:06
Único estado do país a fornecer gratuitamente um medicamento de alto custo que está no topo de linha no tratamento da osteoporose avançada, a Bahia está à frente no combate à doença que atinge mundialmente três em cada cinco mulheres e um em cada cinco homens.

Diante da iniciativa estadual, representantes da Federação Nacional de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco) reuniram-se, nesta terça-feira (4), com o governador Jaques Wagner para parabenizá-lo pela medida pioneira.  

A medicação, chamada Teriparatida (hormônio da paratireóide), é considerada a única eficaz para recuperação dos doentes em estado crítico e repassada, aqui, através do Sistema Único de Saúde (SUS), sem a necessidade de o paciente entrar com processo judicial, como acontece em outros estados. Seu custo mensal varia de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. A presidente da Fenapco, Suely Roitman, afirma que nos demais estados brasileiros os portadores de osteoporose só têm acesso à medicação mediante recursos judiciais.  

Em Salvador, o medicamento é distribuído no Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba) e no Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (Creasi). No interior, são quatro postos de distribuição, localizados nas cidades de Jequié, Vitória da Conquista, Amargosa e Guanambi. Para ter acesso ao remédio, basta estar cadastrado nos protocolos do Creasi.
 
"É um atendimento realmente diferenciado que só acontece aqui na Bahia, por isso, gostaríamos de levar esse projeto daqui como modelo para outros estados, já que no Brasil inteiro nós temos problemas com essa doença crônica", disse ela.  

O secretário de Saúde, Jorge Solla, explicou que a distribuição do remédio foi incorporada ao protocolo do SUS baiano devido a uma pesquisa inédita realizada por médicos baianos. "Os resultados positivos da utilização do remédio evidenciaram que, mesmo de alto custo, a medicação evita gastos ainda maiores do estado com internações e cirurgias, já que a maioria dos pacientes é idosa e acaba sofrendo uma série de fraturas", assinalou o secretário.